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Chinesa SPIC compra Zuma e se expande em renováveis no México

19 nov 2020, 10:34 - atualizado em 19 nov 2020, 10:34
A compra “significa nosso compromisso e apoio contínuos para a geração de energia limpa e renovável, bem como confiança na economia mexicana” (Imagem: Divulgação/SPIC)

A chinesa State Power Investment Corp. se expande no mercado de energia limpa da América Latina com a aquisição da maior empresa independente de energia renovável do México.

A gigante de energia SPIC comprou a Zuma Energía por meio da China Power International, sua unidade de Hong Kong, segundo comunicado de imprensa fornecido por um porta-voz da Zuma. O preço da transação não foi revelado. A SPIC tem mais de US$ 170 bilhões em ativos em 41 países, incluindo projetos eólicos, solares e hidrelétricos no Brasil e no Chile.

A aquisição marca o primeiro passo da SPIC no México e ocorre em um momento complicado para o setor de energia renovável do país. Sob o governo do presidente András Manuel López Obrador, o México intensificou a defesa das estatais de energia Petróleos Mexicanos e Comisión Federal de Electricidad na tentativa de reprimir a concorrência do setor privado. Ainda assim, a SPIC está otimista com as perspectivas no México.

A compra “significa nosso compromisso e apoio contínuos para a geração de energia limpa e renovável, bem como confiança na economia mexicana”, disse o presidente do conselho da empresa, Qian Zhimin, em comunicado. A Zuma “irá irradiar apoio operacional e de investimento aos países vizinhos”.

A empresa reforça a tendência crescente de empresas chinesas de energia que compram ativos latino-americanos, que incluem grupos de logística, serviços e telecomunicações. A State Grid anunciou neste mês que planeja comprar uma empresa chilena de rede elétrica por 2,57 bilhões de euros (US$ 3 bilhões).

A compra da Zuma é uma aposta de longo prazo para a SPIC. López Obrador e o Ministério de Energia introduziram medidas neste ano para desacelerar a geração privada de energia limpa. Embora a iniciativa tenha sido paralisada nos tribunais mexicanos após um processo aberto pelo Greenpeace, o apetite por novos projetos renováveis no México diminuiu.

As ambições da SPICA provavelmente vão além do México. Com uma nova grande controladora, a Zuma pode ser capaz de se expandir na região.

“Construímos uma plataforma sólida para buscar vários caminhos de crescimento regionalmente”, disse o CEO da Zuma, Adrian Katzew, no comunicado. “O apoio da SPIC nos permitirá desenvolver nossa missão de fazer uma contribuição significativa para um sistema global de energia limpa.”

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