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Citigroup planeja reabertura ‘lenta’ por questões de transporte

28 maio 2020, 12:23 - atualizado em 28 maio 2020, 12:23
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Com o cronograma, o Citigroup é dos primeiros grandes bancos a fornecer estimativas claras sobre um dos maiores dilemas criados pela pandemia: quando trazer os funcionários de volta aos escritórios (Imagem: Facebook/Citi)

O Citigroup planeja reabrir a sede em Nova York a um pequeno número de funcionários a partir de julho, enquanto nos escritórios de Londres os trabalhadores voltarão antes, segundo o cauteloso plano do CEO Michael Corbat para tocar o banco em um mundo transformado pela pandemia de coronavírus.

O plano “será guiado por dados, provavelmente será lento, granular” dependerá do local e, dentro desses locais, dependerá da função, disse Corbat em entrevista à Bloomberg. Em comentários posteriores por telefone, o executivo disse que em julho, ou possivelmente em agosto, o Citigroup espera ter cerca de 5% da equipe de 12 mil funcionários no edifício principal no bairro de Tribeca, em Manhattan. No complexo de Canary Wharf, em Londres, o retorno começará no mês que vem.

Com o cronograma, o Citigroup é dos primeiros grandes bancos a fornecer estimativas claras sobre um dos maiores dilemas criados pela pandemia: quando trazer os funcionários de volta aos escritórios.

Embora a instituição tenha algumas centenas de funcionários essenciais nas unidades desde que os arranha-céus de Nova York foram esvaziados em meados de março, o retorno de alguns banqueiros ou operadores das casas de férias nos Hamptons e Rocky Mountains enviaria um sinal de que Wall Street volta à normalidade.

Nova York, até recentemente o epicentro do coronavírus, recorreu ao distanciamento social, uso de máscaras e aumento de testes para reduzir drasticamente as taxas de infecção e mortes.

Agora, como CEOs do mundo todo, Corbat tenta equilibrar as demandas do negócio com os perigos de retornar às normas antigas muito rapidamente.

“As conversas que tenho são muito mais sobre o deslocamento nas áreas urbanas, estão pegando o trem, pegando o metrô, pegando o ônibus e, provavelmente, menos sobre o espaço de trabalho”, disse Corbat, de 60 anos, falando de Wyoming, onde ele e família se refugiaram do surto em Nova York. “O maior obstáculo que teremos não é fazer com que as pessoas operem no escritório, mas levá-las ao escritório.”

Em Hong Kong, onde a pandemia foi mais contida, o Citigroup aumentou recentemente a ocupação dos escritórios para apenas 50%.

Em Londres, alguns dos 5 mil funcionários da empresa começarão a retornar na próxima semana, como parte de um plano de reocupar escritórios em menos de 10%.

No entanto, Corbat deixou claro que não visualiza um banco virtual. Os escritórios são necessários para reuniões presenciais e também porque o setor bancário é um “negócio de aprendizado” que requer interação humana, disse.

É por isso que o Citigroup está reexaminando tudo, catracas, lanchonetes e elevadores, e estuda novos locais em distritos de Nova York para funcionários “que podem se sentir desconfortáveis em usar transporte público” até que a vacina esteja amplamente disponível.

Corbat também disse que avalia menos viagens de negócios, especialmente depois de observar como o Citigroup pode atender clientes com reuniões e conferências on-line.

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