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Cogna: nada no balanço agrada, e Credit Suisse diz que ação vale 9% menos do que fechou nesta quinta

21 ago 2020, 10:10 - atualizado em 21 ago 2020, 12:34
Nota baixa: para o Credit Suisse, coronavírus apenas agravou situação ruim da Cogna (Imagem: YouTube/Cogna)

O balanço do segundo trimestre da Cogna (COGN3), divulgado na noite de ontem (20), ficou bem longe de agradar o Credit Suisse. Até mesmo o aumento de 1,1 ponto percentual da margem bruta, considerado “surpreendente” pelo banco, foi visto como um demérito.

Isto porque, segundo o Maurício Cepeda, que assina o relatório obtido pelo Money Times, o incremento foi gerado pelo adiamento do retorno das atividades presenciais e pelo aumento do conteúdo digital para compensá-las.

“A companhia declarou que não reduziu o número de professores, o que levanta a bandeira vermelha de uma possível sobrecarga de custos nos próximos trimestres”, afirma o analista. O banco suíço deu, contudo, um voto de confiança à Cogna, ao dizer que este foi um trimestre para rearrumar a casa.

O Credit Suisse destacou o aumento da provisão para inadimplentes, e viu como positiva a decisão da empresa de não renegociar as dívidas atrasadas de alunos.

Dos males, o menor

Se, por um lado, isso levou a uma maior evasão, por outro, segundo o banco, “melhora a qualidade da base remanescente de estudantes”. E acrescenta: “Entendemos esse movimento como positivo, no que se refere aos recebíveis”.

A decisão da Cogna de se concentrar em determinados nichos, como o ensino a distância, também foi bem recebida pelo Credit Suisse. “Sobretudo, vemos a mudança de cursos presenciais para híbridos e a moderação no financiamento estudantil como alavancas essenciais”, afirma o analista.

Mesmo assim, a Cogna terá de fazer sua lição de casa, se quiser ganhar uma boa nota do banco. Por ora, a instituição adota uma posição cautelosa, e reafirmou sua recomendação de underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado) para os papéis, com preço-alvo de R$ 6 para os próximos 12 meses. O valor é 9% menor que a cotação de fechamento da ação nesta quinta-feira (20).

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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