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Coinbase surpreende com resultados, mas ainda sofre prejuízo; empresa volta a criticar SEC

22 fev 2023, 13:11 - atualizado em 22 fev 2023, 13:11
Coinbase
A receita foi de US$ 629 milhões, contra US$ 590 milhões esperados pelos analistas, de acordo com a Refinitiv (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

A Coinbase Global, corretora cripto, anunciou seus resultados do quarto trimestre de 2022, com prejuízo causado principalmente pelo mercado de baixa do nicho e a crise da FTX. Mesmo assim, os resultados vieram acima do esperado por analistas.

A receita foi de US$ 629 milhões, contra US$ 590 milhões esperados pelos analistas, de acordo com a Refinitiv, que fornece dados financeiros.

O volume de negócios na Coinbase caiu para US$ 145 bilhões no quarto trimestre do ano passado, em comparação com US$ 547 bilhões no ano anterior.

Um ponto positivo, segundo a carta aos acionistas da corretora, foi a receita de assinaturas e serviços, que aumentou cerca de 33%, para US$ 282,8 milhões, beneficiando-se de fortes aumentos nas taxas de juros.

Regulação aperta e Coinbase critica SEC

A Coinbase prevê receita de assinaturas e serviços (incluindo staking) no primeiro trimestre de 2023, entre US$ 300-325 milhões, acima das estimativas de Wall Street, de cerca de US$ 285,7 milhões.

Em fevereiro de 2023, a corretora Kraken foi multada em US$ 30 milhões pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, por causa dos seus serviços de staking.

Conforme o órgão, o serviço seria um valor mobiliário, e deveria estar regulado junto ao órgão. A Coinbase criticou a ação da SEC e afirmou que, caso a jurisprudência seja aplicada a ela, não teria problemas em brigar na justiça por isso.

Em carta ao investidor, a corretora elogiou a regulação pelo mundo, com “grandes propostas de cripto sendo desenvolvidas em jurisdições como Austrália, Suíça e Hong Kong”.

“Essas jurisdições internacionais estão fazendo o trabalho árduo de redigir regras adequadas à finalidade para o setor, o que beneficiará tanto os consumidores quanto os participantes do setor”, diz a carta.

No documento, é dito que “a SEC parece determinada a aumentar sua jurisdição sobre ativos digitais, apesar de a maior parte do mercado norte-americano existente não satisfazer Howey ou qualquer outro teste que resultaria em ativos digitais como valores mobiliários”.

Isto é, a empresa afirma mais uma vez não enxergar a maioria de seus serviços, como o staking, como um valor mobiliário e se apoia no teste de Howey, que busca definir um ativo mobiliário, para defender isso.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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