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Com atraso, parte do produtor de milho 2ª safra pode reduzir insumos em MS e PR

13 mar 2023, 12:09 - atualizado em 13 mar 2023, 12:09
Soja
A situação só não tem atraso maior ante a média histórica porque o Mato Grosso, maior produtor, já está com plantio praticamente finalizado (Imagem: REUTERS/Roberto Samora)

Produtores tinham conseguido semear 82% da área de segunda safra de milho do centro-sul do Brasil 2022/23 até a semana passada, mantendo um atraso ante a média histórica para o período, o que deverá levar uma parte dos agricultores a reduzir a aplicação de insumos nas lavouras mais atrasadas e com maiores riscos climáticos, avaliou nesta segunda-feira a consultoria AgRural.

Os maiores atrasos continuam no Paraná e Mato Grosso do Sul, segundo e terceiro produtores de milho na segunda safra.

“Essas áreas que vão ficar para plantar fora da janela ideal, parte delas vai ser semeada com menos tecnologia, o produtor vai reduzir a tecnologia para diminuir o custo nessas áreas com maior risco”, disse o analista Adriano Gomes, da AgRural.

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A redução do pacote de investimentos pode ocorrer principalmente em termos de adubação, segundo ele.

A média de plantio para esta época é de 84% da área do centro-sul nesta época, enquanto no mesmo período do ano passado produtores já tinham semeado 94%.

A situação só não tem atraso maior ante a média histórica porque o Mato Grosso, maior produtor, já está com plantio praticamente finalizado.

O atraso na colheita de soja impactou o milho segunda safra, semeado em seguida, o que deixa o cereal mais sujeito a riscos de chuvas irregulares e a geadas, nos próximos meses.

A janela climática ideal para o milho termina no dia 15 de março em Mato Grosso do Sul, disse Gomes.

“Tradicionalmente, uma parte é semeada fora da janela, e este ano uma maior quantidade de área vai ser semeada fora da janela”, completou.

Até a última quinta-feira, Mato Grosso do Sul havia semeado 42,3% da área projetada, contra 72,6% na média de cinco anos e 93% do mesmo período do ano passado.

No Paraná, apesar do atraso, o Estado conseguiu “se alinhar pelo menos até a média”, notou o analista, atingindo 71,8% do total plantado, versus 72,5% do índice histórico para o período.

Para algumas regiões do Paraná, como o oeste, o período ideal para plantio já se encerrou no dia 28 de fevereiro.

“A região norte do Estado é mais parecida com o Mato Grosso do Sul, tem mais alguns dias para plantar, a grande preocupação é que a segunda safra já tem maior risco, e fora da janela, os riscos ficam maiores. Vai ter que chover muito bem, e a preocupação é com o frio, principalmente…”.

Soja

Os agricultores brasileiros colheram 53% da área plantada de soja para 2022/23 até a quinta-feira passada, 10 pontos percentuais a mais que o registrado na semana anterior, disse a AgRural nesta segunda-feira.

Na mesma época do ano passado, 64% das lavouras brasileiras de soja haviam sido colhidas, disse a AgRural.

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