Renda Fixa

Como investir no Tesouro Direto em 2023?

04 ago 2023, 13:05 - atualizado em 04 ago 2023, 16:01
Tesouro Direto
Tesouro Direto segue rendendo acima da poupança em 2023, além de contar com a estreia dos títulos públicos Tesouro RendA+ e Tesouro Educa+(Imagem: Pixabay/RyanKing999)

O Tesouro Direto permite que qualquer pessoa consiga emprestar o seu dinheiro para o governo brasileiro, afinal, terá em troca a quantia acrescida com juros, após o período combinado. Sendo assim, é o investimento de renda fixa com o menor risco de crédito no país.

Dessa forma, para quem continua na dúvida sobre o rendimento do Tesouro Direto é superior ao da caderneta da poupança, saiba que R$ 1 mil aplicados em ambos investimentos vão render das seguintes formas após 12 meses:

  • Tesouro Selic (título público com liquidez diária) vai pagar ao investidor R$ 1.094,03, já descontado o imposto de renda; e
  • Poupança (título mais conservador ofertado nos bancos) vai remunerar R$ 1.083,40, mesmo com a isenção de imposto.

Conforme o planejador financeiro do C6 Bank, Rafael Haddad, a rentabilidade do Tesouro Selic nos próximos 12 meses é de 9,40%, enquanto a poupança rende 8,34%, considerando as seguintes estimativas de mercado:

  • Selic Over a 11,58% ao ano (com base contrato DI Futuro);
  • Taxa Referencial da poupança de 2,17% ao ano (com base nos últimos 12 meses); e
  • Estimativa de inflação (IPCA): 3,65% ao ano (com base no último relatório Focus).

Tipos de títulos públicos em 2023

Em 2023, o Tesouro Direto conta com cinco tipos diferentes de títulos públicos para atender as mais variadas necessidades e objetivos dos investidores, sendo eles:

  • Tesouro Prefixado (título com taxa de rentabilidade combinada no momento da compra);
  • Tesouro Selic (título com liquidez diária e remuneração que acompanha a variação da taxa básica de juros);
  • Tesouro IPCA+ (título que protege o poder de compra do investidor contra a inflação);
  • Tesouro RendA+ (título que garante uma aposentadoria extra pelo período de 20 anos); e
  • Tesouro Educa+ (título que garante uma renda mensal para custear a vida estudantil).

Como investir no Tesouro Direto em 2023

Qualquer investidor pessoa física pode investir diretamente no Tesouro Direto, com aplicação mínima a partir de R$ 30.

Para depositar dinheiro, é necessário ter uma conta aberta em uma corretora de valores ou banco. A lista das instituições financeiras cadastradas no programa está disponível na página do Tesouro Direto na internet.

O horário de funcionamento do Tesouro Direto ocorre das 9h30 às 18h (horário de Brasília) dos dias úteis. Na sequência, a compra de títulos públicos tem compensação no dia útil seguinte.

Após esse horário, a compra leva até 48 horas para ser liquidada. Os prazos são os mesmos para o investidor que quiser se desfazer dos papéis e resgatar o dinheiro investido.

Taxas para investir no Tesouro Direto

Até alguns anos atrás, os bancos e as corretoras cobravam taxa de administração, mas atualmente poucas instituições cobram a taxa.

Normalmente, a única taxa cobrada é a destinada à custódia dos títulos públicos pela B3, a bolsa de valores brasileira. Ela caiu de 0,25% para 0,2% ao ano do total investido, sendo cobrada em duas parcelas de 0,1%, uma no primeiro dia útil de janeiro e outra no primeiro dia útil de julho.

Além disso, em agosto de 2020, os investimentos de até R$ 10 mil no Tesouro Selic, título corrigido pelos juros básicos da economia, passaram a ser isentos da taxa de custódia. Somente saldos acima desse valor aplicados no Tesouro Selic são cobrados.

Cobrança de imposto

Ao contrário da caderneta de poupança, os rendimentos do Tesouro Direto têm tributação. As operações com menos de 30 dias pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que começa em 96% do rendimento no primeiro dia e cai para 0% no 30º dia.

O Tesouro Direto também paga Imposto de Renda, por meio de uma tabela regressiva. Até o segundo ano de investimento, quanto maior o tempo em que o dinheiro fica aplicado, menor o imposto.

As alíquotas começam em 22,5% para aplicações de até 180 dias, caem para 20% de 181 a 360 dias e para 17,5% de 361 a 720 dias. Após o prazo de dois anos, o Imposto de Renda fica em 15%, a menor alíquota.

A tributação, tanto no IOF quanto no Imposto de Renda, ocorre apenas sobre o rendimento, não sobre o valor aplicado. Quem resgata antes do prazo, com prejuízo de marcação a mercado em relação ao total investido, pagará 0% de Imposto de Renda.

Repórter
Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.
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