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Como ser otimista em 2023?

13 jan 2023, 10:00 - atualizado em 13 jan 2023, 10:00
Ano Novo
Entenda o que é preciso para ser otimista em 2023 (Imagem: Pixabay/allaniversen)

Todos os anos, entre 31 de dezembro e 1º de janeiro, um portal para outra dimensão é aberto — pelo menos em nosso imaginário. Retomamos projetos, definimos novos objetivos e estabelecemos novas metas e tudo parece que vai funcionar.

Contudo, em um horizonte tão turbulento e nebuloso à vista — com iminente recessão internacional e complexas inquietações geopolíticas —, o otimismo é avis rara. Todos parecem receosos, cautelosos, preocupados. Hoje em dia, é tão difícil encontrar alguém verdadeiramente confiante no futuro quanto um dodô ou uma ararinha-azul.

Pois, brincadeiras à parte, o leitor do Money Times acaba de encontrar um articulista em risco de extinção: estou plenamente otimista com 2023.

Isso não me faz, de modo algum, fechar os olhos para as dificuldades que temos à frente. Aliás, no curto prazo, a tendência é de aperto nos cintos. Se por um lado a inflação global já está em processo de arrefecimento, a consequência disso é um freio no crescimento econômico.

Diversos bancos centrais — inclusive o brasileiro — aumentaram ou aumentarão suas taxas básicas de juro, tornando o crédito mais caro. Além disso, muitos dos auxílios e programas fiscais adotados durante a pandemia estão perdendo a validade, o que afetará diretamente o orçamento das famílias. Somado à guerra na Ucrânia e às incertezas políticas, o cenário resulta em investidores mais prudentes e empresas levantando planos de contenção.

Com essas cartas à mesa, uma pergunta surge: “por que ser otimista em 2023?”. Prefiro partir de outro questionamento, mais direcionado à ação concreta: “como ser otimista em 2023?”.

Ambientes nebulosos parecem exigir soluções mais complexas e que consideram um número maior de variáveis. Isso tudo nos deixa menos confiantes. Mas, é aí que surge uma das grandes competências humanas: nossa capacidade de imaginar — e, a partir da imaginação, desenvolver nossa criatividade.

Pois bem: 2023 é o ano para sermos criativos e encararmos os desafios abrindo a mente e buscando alternativas não óbvias. Mais do que otimistas, sejamos criativos.

Em 2023, pense no cliente

Todo negócio, independentemente do setor, precisa entender e entregar valor para as pessoas. Simples assim: do cliente final aos diferentes stakeholders envolvidos ao longo do processo. Por isso, as marcas devem, a todo o momento, voltar sua atenção às necessidades desses públicos.

Diante de uma crise, essas expectativas e demandas ficam ainda mais prementes. Quando vai a um supermercado, o consumidor pensa: “Como posso economizar? Como manter meus hábitos sem pesar no bolso? Quais alternativas estão disponíveis? E como facilitar o meu processo de compra?”.

O mesmo vale para o executivo de uma organização. Ao avaliar seus fornecedores no planejamento estratégico do ano, é natural que ele considere: “Quais parceiros estão realmente entregando valor? Seu serviço é realmente imprescindível? O atendimento está à altura do que espero?”.

Ou seja, se os clientes estão mais exigentes e atentos, as marcas que responderem a essas exigências se destacarão.

Pense no negócio

No outro extremo, para além de olhar com atenção e carinho aos consumidores, toda empresa precisa manter o dedo em seu próprio pulso. Conhecer seus indicadores, buscar o máximo de eficiência com os recursos disponíveis e agir no tempo certo.

Diante de uma conjuntura desafiadora, isso se torna ainda mais necessário. Se o faturamento está em queda, as organizações deverão reavaliar seus planos comerciais; se os custos subiram, alternativas precisarão ser buscadas; se o nível de churn está alto, o produto ou serviço oferecido poderão passar por adequações.

E no centro de tudo isso?

Há um velho ditado que diz que “toda crise é também uma oportunidade”. Um pouco clichê, é verdade, mas muito verdadeiro — principalmente se olharmos para as duas dimensões que mencionei neste texto.

Se os clientes estão exigentes e os negócios precisam se mexer, a criatividade e a busca por transformações serão recompensadoras. E hoje, com o avanço da tecnologia, os caminhos estão muito mais disponíveis.

Nesse ambiente de dificuldades que se avizinha em 2023, com certeza veremos marcas mais responsáveis, mais sustentáveis e mais empreendedoras. Que se preocupam em gerar valor tendo as pessoas como centro — caminhando e orientando elas em um mar turbulento, mas com muitas oportunidades.

A todos nós, um excelente 2023!

Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia
Roberto Ribas é Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia. Com 22 anos de experiência, ao longo da trajetória, concebeu a metodologia BXM (Brand Experience Management) e sempre esteve na liderança de times multidisciplinares, na concepção e desenvolvimento de projetos de estratégias de marca e transformação digital para grandes marcas. Atuou no fortalecimento do setor, sendo co-fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (ABRADi/RS). É formado pela UFRGS e tem especialização em Marketing pela ESPM.
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Roberto Ribas é Chief Strategy Officer e membro do conselho da Brivia. Com 22 anos de experiência, ao longo da trajetória, concebeu a metodologia BXM (Brand Experience Management) e sempre esteve na liderança de times multidisciplinares, na concepção e desenvolvimento de projetos de estratégias de marca e transformação digital para grandes marcas. Atuou no fortalecimento do setor, sendo co-fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais (ABRADi/RS). É formado pela UFRGS e tem especialização em Marketing pela ESPM.
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