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Conselheiro da IATA diz que aéreas não podem esperar vacina

04 set 2020, 13:46 - atualizado em 04 set 2020, 13:46
IATA
A IATA, que representa 290 operadoras globais, disse que o tráfego de passageiros não deve se recuperar antes de pelo menos 2024 e estima que as aéreas sofram perdas de mais de US$ 84 bilhões somente neste ano (Imagem: Facebook/International Air Transport Association (IATA))

Para o conselheiro médico da Associação Internacional de Transporte Aéreo, ou IATA, o setor não pode se dar ao luxo de esperar por uma vacina.

Segundo David Powell, além de implementar o uso de máscaras, lavagem frequente das mãos e higienização de superfícies de constante contato, as companhias aéreas devem trabalhar com reguladores para introduzir sistemas confiáveis de teste de coronavírus para passageiros antes do embarque, a fim de recuperar a demanda por viagens.

“A proteção ideal é evitar pessoas infecciosas”, disse Powell em entrevista à Bloomberg News. “Precisamos de um teste que seja confiável e rápido o suficiente e que possa ser feito em grande número.”

No momento, é uma tarefa difícil. Fabricantes globais enfrentam desafios para atender à demanda de kits de teste para a Covid-19. E os múltiplos testes existentes podem muitas vezes semear mais confusão do que certeza.

No mês passado, Cingapura e China trocaram farpas após o governo chinês ter identificado passageiros com Covid em um voo do país insular.

Cingapura disse que a maioria das pessoas em questão havia se recuperado, mas que poderiam “continuar a liberar fragmentos virais por semanas ou até meses”, levando a um resultado de teste positivo.

Com as viagens a negócios ou lazer praticamente inexistentes, as companhias aéreas fazem tudo o que podem para evitar o colapso.

A IATA, que representa 290 operadoras globais, disse que o tráfego de passageiros não deve se recuperar antes de pelo menos 2024 e estima que as aéreas sofram perdas de mais de US$ 84 bilhões somente neste ano.

O avanço das pesquisas sobre o SARS-CoV-2 mudou a postura dos profissionais médicos. No início de fevereiro, quando a Covid-19 ainda era um grande ponto de interrogação, Powell havia dito que a melhor maneira de evitar a infecção era lavar as mãos frequentemente em vez de usar máscara. Em maio, a recomendação das máscaras se tornou universal.

“Reconhecemos que uma porcentagem dos casos de Covid podem ser assintomáticos”, disse Powell no início desta semana. “Essa é a razão para a mudança de posição.”

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