Comprar ou vender?

Copel é um caminhão de dividendos pronto para acelerar

05 jul 2021, 10:43 - atualizado em 05 jul 2021, 17:51
Copel
A venda da participação do BNDES deverá dar um fôlego para ações da Copel, que, segundo o analista, negociam a um preço atrativo

A Copel (CPLE6) tem um futuro promissor e recheado de dividendos, aponta a Easynvest em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

A corretora possui recomendação de compra para as ações da estatal, com preço-alvo de R$ 40 por units.

Segundo o analista Murilo Breder, com 55% da dívida atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), a empresa se beneficia da manutenção da Selic em níveis ainda baixos.

Ele lembra ainda que, de acordo com os próprios diretores, o patamar de alavancagem ótimo para a elétrica é entre 1,5 vezes e 2,7 vezes.

“Portanto, projetando um lucro líquido de R$ 4,2 bi em 2021, um payout de 50% e o valor de mercado atual da companhia, chegamos a um retorno em dividendos de impressionantes 13,2%”, aponta.

Melhora da governança

No ano passado, a Copel detalhou seu plano de migração para o Nível 2 de governança corporativa da B3, o que, segundo Breder, deve servir como próximo gatilho de valorização dos papéis.

“No entanto, esta migração está condicionada à uma venda de ações do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e do Governo do Paraná. E para criar condições para que este estes dois grandes players pudessem fazer isso, foi preciso criar as UNITs, compostas por 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais”, ressalta.

Além disso, a Copel aprovou o desdobramento de ações na razão de 1 para 10, facilitando a entrada de investidores pessoa física.

“Em resumo, a Copel que devemos ter em breve é uma companhia com uma liquidez ainda maior e melhor governança corporativa”, argumenta.

Quão exposta à crise hídrica está Copel?

Com a crise hídrica batendo às portas do Brasil, a principal pergunta que vem à mente dos investidores é: vale o risco de se investir em elétricas?

O Paraná é um dos 5 estados brasileiros que o governo emitiu o alerta de emergência hídrica. Além disso, 84% da capacidade instalada de Copel vem de hidrelétricas.

“Parece bastante e de fato não é desprezível já que a média das empresas de energia no Brasil é 63% segundo dados de 2019. Porém, é menos impactada do que a Eletrobras (ELET3) (90% hidrelétrica) e bem menos do que Cemig (CMIG4) (99%)”, aponta.

Ação barata

E não como bastasse tudo isso, o analista afirma que a ação está barata.

“Ao comparar os múltiplos P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação) de empresas semelhantes, vemos que o mercado costuma negociar em torno de 1,3 vezes, evidenciando o quanto o 0,85 vezes de Copel não parecem fazer sentido”, conclui.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.