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Correlação do bitcoin (BTC) com mercados tradicionais cai após conflito na Ucrânia

02 mar 2022, 8:57 - atualizado em 02 mar 2022, 10:12
Bitcoin Unsplash BTC
Na última semana, a correlação do bitcoin com mercados tradicionais caiu mais de 15% (Imagem: Unsplash/Quantitatives.io)

Conforme noticiado pelo Decrypt, a maior criptomoeda do mundo — o bitcoin (BTC) — teve um aumento de 15% na semana passada, enquanto que índices do mercado tradicional, como Nasdaq e S&P 500, não tiveram o mesmo resultado.

A discrepância entre o desempenho recente da criptomoeda e os mercados tradicionais fez com que entusiastas cripto retomassem a narrativa de que o bitcoin é o ativo mais seguro do mundo.

Algumas características da cripto ressaltadas por seus defensores é de que o bitcoin não pode ser confiscado, censurado ou inflacionado por governos e companhias privadas, o que o torna um ativo atraente em momentos de conflito.

Segundo o Decrypt, dados da CoinMetrics mostram que a correlação entre o bitcoin e os mercados tradicionais está diminuindo. Essa métrica atingiu seu maior nível no dia 22 de fevereiro deste ano, antes de regredir na semana passada.

O nível de correlação é medido de -1 a 1, sendo que, quanto mais próximo de -1, menor o nível de correlação. Se o valor estiver mais perto de 1, isso indica uma correlação maior entre as variáveis.

De acordo com o Decrypt, na última terça-feira (22), antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, a correlação entre o bitcoin e o S&P 500 era de 0,546, a maior já registrada. Porém, hoje (2), essa métrica é de 0,461, o que representa uma queda superior a 15%.

Nos últimos dias, o bitcoin tornou-se um assunto comentado, devido ao conflito entre Rússia e Ucrânia e aos pedidos do governo da Ucrânia, no Twitter, por doações ao país tanto em bitcoin, como em ethereum (ETH), tether (USDT) e polkadot (DOT).

O país comandado por Volodymyr Zelensky já recebeu mais de US$ 27,3 milhões em doações de criptomoedas, desde seu primeiro pedido, no último sábado (26), sendo que US$ 5,6 milhões foram doados pelo fundador da rede Polkadot, Gavin Wood.

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O gráfico elaborado pela CoinMetrics mostra a correlação entre S&P 500 e o bitcoin, entre 7 de dezembro de 2021 e 1 de março de 2022 (Imagem: CoinMetrics)

No último mês, S&P 500 caiu 6%, enquanto bitcoin e ethereum subiram cerca de 18% no mesmo período.

Segundo o Decrypt, essa diferença chegou também às ações de empresas cripto, como Block (antiga Square), Coinbase (COIN) e PayPal (PYPL). No último mês, Block (SQ) teve um aumento de 10,5%, enquanto a corretora cripto Coinbase subiu 4,7%. Já PayPal caiu quase 20%.

Isso indica que o mercado vê as ações da Block e da Coinbase de modo semelhante a como percebem o bitcoin e as criptomoedas.

Já no caso da PayPal, a queda parece indicar que a empresa é vista pelos investidores como ligada mais às finanças tradicionais, apesar das iniciativas da companhia no mundo cripto.

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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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