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CSN e Vale lideram perdas do Ibovespa após nova queda do preço do minério de ferro

05 jul 2019, 10:53 - atualizado em 05 jul 2019, 10:53
Vale
Siderúrgicas recuam em paralelo ao minério de ferro (Imagem: Facebook da Vale)

Por Investing.com

Nos primeiros negócios da manhã desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Vale (VALE3) e das principais siderúrgicas operam lideram as perdas do Ibovespa, em um cenário marcado por uma nova queda expressiva nos preços do minério de ferro na China.

Com isso, a CSN (CSNA3) registra perdas de 2,90% a R$ 16,43, enquanto que a Vale também recua 2,90% a R$ 50,17, com a Bradespar (BRAP4) caindo 2,53% a R$ 31,61. Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4) tem quedas menos expressivas, de 0,74% a R$ 9,38 e de 0,07% a R$ 15,30, respectivamente.

A jornada desta sexta-feira foi mais uma vez de forte queda para os preços dos contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa de mercadorias da cidade chinesa da Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, com vencimento para setembro do atual calendário, registrou queda de 5,85% a 829,50 iuanes por tonelada, uma variação diária de 51,50 iuanes.

A sessão também foi negativa para os preços dos papéis futuros do vergalhão de aço, que são transacionados na bolsa de mercadorias de Xangai, também na China. O contrato de maior liquidez, com entrega para outubro deste ano, teve retração de 49 iuanes para um total de 3.984 iuanes por tonelada. Já o ativo de janeiro de 2020, segundo mais líquido, perdeu 21 iuanes para 3.741 iuanes por tonelada.

Os preços da commodity dobraram neste ano, com uma redução nos estoques em portos pela China recuando ao menor nível desde o início de 2017, após uma redução de embarques dos principais exportadores, Brasil e Austrália, somada a uma robusta demanda.

O minério de ferro em Dalian havia tocado na quarta-feira 911,5 iuanes, maior nível desde o lançamento do contrato, em 2013.

Distúrbios climáticos e questões operacionais levaram mineradoras australianas a reduzir suas estimativas de produção e embarques para o ano, enquanto a oferta no Brasil foi impactada por fechamentos de minas na sequência do rompimento mortal de uma barragem da mineradora Vale em janeiro.

Alguns analistas apontaram que as máximas em anos nos preços do aço devem continuar a oferecer sustentação às cotações do minério de ferro. Cortes de produção devido à poluição na China têm aumentado as margens das siderúrgicas, disse a analista Helen Lau, da Argonaut Securities.

“Então a margem do aço deve continuar a ser suportada, o que novamente irá apoiar os preços do aço, em nossa visão”, afirmou.

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