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Dependência do sucesso do CBio é proporcional à concentração da distribuição de combustíveis

01 abr 2021, 10:00 - atualizado em 01 abr 2021, 10:05
BR Distribuidora BRDT3
Maior distribuidora brasileira, a BR detém 6,5 milhões de CBios como meta de aquisição este ano (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

Pelo rateio de metas dos Créditos de Descarbonização (CBios), que alcançarão 24,86 milhões em 2021, vê-se o poderio concentrador do mercado de distribuição de etanol hidratado e de combustíveis em geral, mas também a capilaridade que três grupos possuem de fazer chegar o abastecimento em todas as partes do Brasil.

A dependência que o consumidor tem da BR Distribuidora (BRFT3), Ipiranga (Ultrapar, UGPA3) e Raízen é proporcional à dependência que desempenho que os títulos do RenovaBio possui em relação a elas.

Em 2020, o total definido caiu pela metade, 14,5 milhões de CBios, por pressão dos três grupos.

Juntos, terão que comprar compulsoriamente, até dezembro, de acordo com o potencial de volume de etanol que distribuem estabelecido em lei, mais de 15,6 milhões desses papéis ofertados pelas usinas, quase 70% da performance total esperada, segundo dados da ANP.

As restantes 140 distribuidoras ficarão responsáveis pela aquisição de aproximadamente 9 milhões, enquanto que somente a hoje privatizada BR – mas ainda com a Petrobras (PETR4) como maior acionista -, terá que participar com 6,550 milhões, 26,3% do total.

A Ipiranga vem em segundo, com 4,715 milhões e, depois, Raízen, cuja cota será de 4,383 milhões de CBios.

A redução das metas em 2020 foi requisitada pelas grandes empresas que não vinham alinhamento entre o baixo consumo de etanol, ocasionado pela queda da atividade econômica proporcionada pela crise sanitária.

Fica a expectativa para 2021, que, até agora, não reflete mudanças positivas na demanda.

Negociação

No dia 30, o último reporte divulgado pela B3 (B3SA3) mostrava 215,5 mil CBios negociados, que geraram R$ 6,056 milhões.

A cotação média esteve em R$ 28,1, abaixo dos R$ 32 de média que esteve cada CBio até fevereiro.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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