Desbancarização é gargalo financeiro, mas existem alternativas para acesso ao crédito

Ainda que a desbancarização no Brasil tenha mostrado uma tendência de redução nos últimos anos, ainda há uma parcela representativa da população que não tem acesso a serviços bancários básicos.

Segundo dados do Banco Central, 16% dos adultos do país não têm conta em banco. Por isso, a desbancarização ainda é um gargalo importante da economia, principalmente quando falamos em restrição ao crédito, formalização, comprovação de renda, entre outros.

Nesse cenário, e de olho nesse público, surgem alternativas inovadoras, como cooperativas de crédito, fintechs e o aval solidário, que oferecem caminhos promissores para ampliar a inclusão financeira, considerando os critérios mais amplos para avaliação de risco e dando acesso ao sistema bancário a uma importante parcela da população.

No caso do aval solidário, por exemplo, um grupo de pessoas se compromete a ser avalista uns dos outros, garantindo que o crédito seja quitado em caso de inadimplência de um dos integrantes.

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Entenda a busca de crédito em um cenário de desbancarização

Quem busca o crédito via aval solidário são microempreendedores individuais, autônomos e trabalhadores informais, que muitas vezes enfrentam desafios ao buscar crédito em instituições financeiras convencionais.

As três faixas contempladas por essa modalidade de financiamento, geralmente, são:

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1. Os que precisam de renda para subsistência, com o objetivo de atender às necessidades básicas, como alimentação e moradia;
2. Intermediário com pequeno negócio que utiliza o crédito como alternativa para obter capital de giro ou para expandir suas operações. O benefício também impacta no fortalecimento da comunidade local, criando uma rede de apoio entre empreendedores;
3. Microempreendedores que buscam investir em seus negócios ou aumentar o estoque com segurança tanto para o credor quanto para o empreendedor.

Dessa forma, a modalidade de garantia solidária permite que pessoas sem histórico de crédito ou ativos possam acessar empréstimos por meio do apoio mútuo de uma comunidade.

Essa abordagem não apenas viabiliza recursos financeiros, mas também promove uma cultura de cooperação, fortalece laços sociais e promove a confiança nas transações.

Em tempos de incertezas econômicas, o crédito para aqueles que ainda são invisíveis às instituições financeiras tradicionais se destaca como uma iniciativa inclusiva, já que essas alternativas empoderam indivíduos e comunidades e estimulam o empreendedorismo e a melhoria das condições de vida.

A falta de acesso ao crédito é, muitas vezes, um dos fatores que contribuem para a desigualdade social. Por isso, alternativas como o aval solidário atuam como ferramentas para reduzir essa disparidade, resultando em oportunidades financeiras àqueles que historicamente foram marginalizados ou excluídos do sistema financeiro.

Apesar dos benefícios, é importante considerar os riscos associados, incluindo a possibilidade de inadimplência e seu impacto nas relações pessoais e comunitárias. A gestão eficaz desses riscos requer transparência, comunicação aberta e um entendimento claro das responsabilidades por parte de todos os envolvidos.