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Dividendos da Vale (VALE3): Quantos bilhões de dólares a mineradora irá pagar em 2023?

07 jan 2023, 12:00 - atualizado em 07 jan 2023, 16:26
Níquel-Vale
Vale deve continuar a ser uma das melhores pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira

Apesar de o minério de ferro ter recuado desde suas máximas, a Vale (VALE3) não perde a majestade quando o assunto é dividendo. A mineradora foi a ação mais indicada em carteiras recomendadas no mês de janeiro, recebendo 20 indicações entre 28 analistas.

E, para 2023, os proventos deverão ser polpudos, embora em menor escala do que no ano passado. O NuInvest, plataforma de investimentos do Nubank, calcula que a companhia pagará mais de US$ 4,1 bilhões em proventos, ou R$ 4,54 por ação.

Atualmente, a política de dividendos da Vale prevê a distribuição mínima de 30% do Ebitda menos os investimentos necessários, que costumam ficar em torno de US$ 5,5 bilhões no ano.

“O mais impressionante é que essa conta não considera nenhuma distribuição adicional e nem o programa de recompra de ações atualmente em curso”, comenta o analista Murilo Breder, que assina o relatório.

Ou seja, para ele a Vale deve continuar a ser uma das melhores pagadoras de dividendos da Bolsa brasileira.

O consenso de mercado medido pela Refinitiv aponta para um dividend yield de 7,1% para os próximos 12 meses.

“Se por um lado a cotação do minério impacta diariamente na cotação da ação, por outro, o investidor de longo prazo deve enxergar eventuais quedas no preço da ação como oportunidade. Isso porque, mesmo com a queda da commodity, a Vale seguirá gerando muito fluxo de caixa, mantendo-a na lista das maiores empresas pagadoras de dividendos da nossa Bolsa”, coloca.

Vale em 2023

Na análise de Guide e Mirae, a recomendação para VALE3 em 2023 é de compra. Os analistas afirmam que as ações da companhia continuam sendo negociada com desconto em seus múltiplos.

A Genial pontua que, à medida que mais iniciativas ESG forem tomadas, como a de descaracterização de barragens, o desconto inerente ao seu histórico deve diminuir.

“Entre as empresas brasileiras, acho que a Vale terá uma ótima performance. Ela possui a maior parte da sua receita dolarizada e seus custos em reais. Portanto, ela se beneficia do real depreciado, e esse, na minha opinião, é o cenário mais provável para os próximos anos”, afirma o analista.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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