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Dividendos podem diminuir até 14% se reforma for aprovada do jeito que está, diz XP

30 jun 2021, 15:39 - atualizado em 30 jun 2021, 16:52
Dividendos, Lucro, Dinheiro
Os analistas lembram que as companhias têm outra ferramenta para recompensar investidores, como a recompra de ações (Imagem: Unsplash/@f7photo)

A taxação de dividendos, após muitas especulações, caminha para se tornar realidade na vida dos investidores.

Depois de muitas ameaças, o Ministério da Economia propôs, em sua reforma tributária enviada ao Congresso, a taxação de 20% dos proventos.

Em troca, o governo promete aliviar alíquota do Imposto de Renda das empresas de 20% para 15%. Mas será que isso é suficiente para suprir a taxação dos dividendos?

Segundo a XP Investimentos, em relatório publicado nesta quarta-feira (30), com a diminuição de 5% no Imposto de Renda, os lucros aumentariam.

“Com isso, o valor a ser distribuído para os acionistas aumenta também – lembrando que empresas brasileiras são obrigadas a distribuir, no mínimo, 25% dos seus lucros”, apontam os analistas Jennie Li e Fernando Ferreira.

Por outro lado, afirmam, com uma alíquota entre 15-20%, o dividendo líquido diminuiria, segundo contas simplificadas, entre 9% e 14%, o que se traduziria num impacto ao redor dessa magnitude na Bolsa no agregado.

“Apesar da reforma tributária ter um impacto negativo sobre as ações, principalmente no aspecto da tributação de dividendos como apontado acima, ainda é cedo para fazermos decisões precipitadas”, ressaltam.

Eles lembram que as companhias têm outra ferramenta para recompensar investidores, como a recompra de ações, que diminui o número de cotas em circulação e tende a valorizar os preços dos ativos.

Além disso, segundo a dupla, a tributação de dividendos tende desestimular empresas a pagar dividendos e, como alternativa, as companhias podem optar por reinvestir o lucro adicional ao invés de distribuí-lo.

“Isso estimularia um crescimento maior de seus negócios, e num prazo maior de tempo, levaria também à valorização do preço das suas ações. A redução do IR também teria um efeito similar se os ganhos forem maiores do que as perdas com o fim do JCP”, concluem.

 Veja como a tributação mexe com o seu bolso:

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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