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Dois bancos para comprar antes dos resultados do 1T23, segundo UBS BB

16 abr 2023, 14:13 - atualizado em 16 abr 2023, 14:13
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Os bancos devem ser influenciados pelos eventos em torno da Americanas e pela desaceleração econômica (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

Os resultados dos bancos no primeiro trimestre de 2023 devem vir com uma dinâmica diferente, influenciados pelos eventos em torno da Americanas (AMER3) e pela desaceleração econômica do Brasil, que mudaram o cenário para os empréstimos corporativos, aponta o UBS BB.

Segundo os analistas do banco, a originação de empréstimos corporativos desacelerou significativamente, enquanto houve um aumento dos spreads no período.

Além disso, nos próximos resultados trimestrais, “as margens de clientes podem expandir em um ritmo semelhante ao crescimento dos empréstimos”, explica o UBS BB.

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Neste contexto, os analistas do banco avaliam o Itaú (ITUB4) como o principal destaque positivo da temporada dentro do setor bancário.

O UBS BB enxerga que, no 1T23, o Itaú pode “mostrar um crescimento sequencial considerável dos lucros, com uma potencial surpresa positiva na qualidade dos ativos”.

Os analistas aguardam um “pequeno” aumento no índice de inadimplência do bancão no próximo período, mas ainda avaliam que o Itaú entregará resultados acima de seus pares.

A recomendação para as ações do banco seguem como “compra”, na avaliação do UBS BB, a um preço-alvo de R$ 35.

E os demais bancões?

Além do Itaú, o UBS BB avaliou outras ações de bancos para o 1T23. A instituição recomendou a compra do Bradesco (BBDC4), a um preço-alvo de R$ 20.

Segundo os analistas, os resultados do Bradesco devem continuar sendo afetados pelas altas provisões para devedores duvidosos e resultados comerciais negativos.

O lucro anual do banco deve ser de R$ 20,0 bilhões, conforme estima o UBS BB, enquanto o lucro do primeiro semestre pode ficar em torno de R$ 8 bilhões, antes de melhorar para cerca de R$ 12 bilhões no segundo semestre deste ano.

Por outro lado, o UBS BB deu uma avaliação “neutra” para o Santander (SANB11), com um preço-alvo de R$ 29.

Os analistas calculam que os resultados do banco podem ser “poluídos por alguns eventos anormais”, enquanto as carteiras de crédito e NII (resultado de intermediação financeira) podem continuar pressionadas.

Para o UBS BB, a qualidade dos ativos do Santander pode apresentar tendências negativas, com o índice de inadimplência aumentando ainda mais, “enquanto a renegociação pode ser alta”.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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