Mercados

Dólar segue em alta, a R$ 4,87, com cautela dos mercados globais e risco fiscal

08 jun 2022, 9:08 - atualizado em 08 jun 2022, 9:11
Dólar
A leitura final do PIB do primeiro trimestre da Zona do Euro apontou crescimento de 0,6%. (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O dólar abriu em esta quarta-feira (8) em alta de 0,02%, a R$ 4,8705, com os investidores locais seguindo a cautela global e ainda repercutindo a maior pressão fiscal no país. 

No exterior, os índices operam no vermelho, após indicadores fracos na Europa, revisões para baixo nas previsões de crescimento global, preocupações crescentes com o preço do petróleo e elevação das taxas de juros em todo o mundo.

“Os ativos locais devem continuar apresentando uma dinâmica volátil, com os investidores influenciados pelo pessimismo no exterior, em especial pela redução nas previsões de crescimento da economia global pela OCDE”, disse o BB Investimentos.

Baixo crescimento

A OCDE reduziu sua estimativa para o crescimento do PIB global deste ano, de 4,5% para 3,0%, em meio aos efeitos da guerra da Ucrânia e da escalada da inflação

A leitura final do PIB do primeiro trimestre da Zona do Euro apontou crescimento de 0,6% ante o anterior, acima dos 0,3% da prévia. Na comparação anual, o avanço foi de 5,4% entre janeiro e março, também 0,3% acima da prévia.

Na Alemanha, a produção industrial de abril subiu 0,7%, abaixo dos 1,0% esperados. Na comparação anual, o indicador recou 2,1%.

Nos EUA, a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunhará sobre o orçamento para o ano fiscal de 2023 na Câmara. Ontem, Yellen disse que a inflação está em nível inaceitável, sendo necessária uma política fiscal mais equilibrada para reduzir a inflação.

Risco fiscal

Na véspera, a percepção de risco fiscal voltou com força a chacoalhar os ativos brasileiros, com os mercados de câmbio e juros sentindo o maior baque.

Analistas disseram que os prêmios de risco podem se manter mais elevados conforme aumenta a incerteza sobre novas propostas que podem comprometer a saúde das ainda fragilizadas contas públicas.

Na noite de segunda-feira Bolsonaro disse que o governo está disposto a zerar impostos federais cobrados sobre combustíveis, em troca de uma redução da carga cobrada pelos entes federativos, que seriam ressarcidos pelo governo federal.

Foi o suficiente para causar uma liquidação no real e nos contratos de juros futuros.

A estratégia de corte de tributação dos combustíveis, que será estabelecida em uma Proposta de Emenda à Constituiação (PEC), terá um custo de cerca de R$ 40 bilhões por aproximadamente seis meses de vigência, com a maior parte dos recursos ficando fora da contabilidade do teto de gastos, afirmaram fontes do Ministério da Economia à Reuters.

*Com informações da Reuters

Disclaimer

Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

Entre para o nosso Telegram!

Faça parte do grupo do Money Times no Telegram. Você acessa as notícias em tempo real e ainda pode participar de discussões relacionadas aos principais temas do Brasil e mundo. Entre agora para o nosso grupo no Telegram!

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.