Mercados

Dólar reage ao Copom e inflação, mas fica barato e volta a subir; exterior e eleição no radar

09 ago 2022, 11:43 - atualizado em 09 ago 2022, 11:43
Dólar
Dólar recua com Copom e IPCA, porém, vira com exterior e recomposição local (Imagem: Pixabay/ilheufx)

O dólar comercial sobe 0,5%, perto de R$ 5,14, seguindo o movimento no exterior e com investidores locais recompondo posições diante a queda da moeda nos últimos dias. No início do pregão, a moeda chegou a operar abaixo de R$ 5,10 com o mercado local reagindo à sinalização do Banco Central de estabilidade da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% após divulgar a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada.

Na abertura, o dólar oscilou em queda também reagindo ao indicador oficial de inflação do país (IPCA) após registrar em julho a menor taxa desde o início da série histórica, iniciada em 1980, com resultado negativo de 0,68%, puxada pela queda intensa de 4,51% do grupo de transportes.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, destaca que, nos últimos dias, a moeda estrangeira também surfa na melhora do mercado de ações em meio ao maior fluxo de investimentos na bolsa brasileira, puxada pela Petrobras com investidores em busca de uma fatia dos dividendos históricos da estatal. Investidores posicionados até quinta-feira terão direito ao valor de R$ 6,73 por ação ordinária e preferencial. A primeira parcela será paga no dia 31.

Eleição e exterior no meio do caminho

Porém, segundo a economista, esse fluxo positivo pode ser interrompido pela proximidade das eleições e diante a “temperatura” que a campanha eleitoral pode atingir. “Não me assustaria se o dólar voltasse aos patamares do início do ano, a R$ 5,70”, diz Abdelmalack, acrescentando que o exterior segue no radar em meio à discussão de alta de juros nos Estados Unidos após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) elevar a taxa para o intervalo entre 2,25% e 2,50%.

O diretor de investimentos da TAG, Dan Kawa, comenta que o mercado brasileiro tem se beneficiado de posição técnica “bastante saudável”, o que “tem ajudado a sustentar o movimento positivo recente e pode estendê-lo, caso um ambiente mais construtivo se desenvolva nos próximos meses”. Ele também alerta para “muita volatilidade” nos ativos locais em meio à incerteza eleitoral e o cenário internacional “desafiador”.

Após a inflação doméstica, o mercado fica à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos, amanhã. Lá fora, o Dollar Index recua 0,3%, acima dos 106 mil pontos.

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Por Flávya Pereira, com Reuters

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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