Câmbio

Dólar (USDBLR) abre em baixa após forte alta recente; decisões sobre juros são destaque do dia

15 jun 2022, 9:06 - atualizado em 15 jun 2022, 9:09
Dólar
O Federal Reserve encerra um encontro de política monetária de dois dias nesta quarta. (Imagem: unsplash / @alexandratimis)

O dólar (USDBLR) abriu esta quarta-feira (15) em baixa, após acumular sete pregões de alta, com o mercado preocupado com a inflação nos Estados Unidos.

Por volta das 9h05, a moeda era negociada a R$ 5,1060, queda de 0,21%. Na véspera, a divisa avançou 0,43%, a R$ 5,1341, maior patamar para encerramento desde 12 de maio.

A sequência de sete valorizações diárias consecutivas, em que os ganhos do dólar totalizaram 7,5%, foi a mais longa desde uma série de mesma duração finda em 30 de setembro do ano passado.

De olho nos bancos centrais

O Federal Reserve, banco central norte-americano, encerra um encontro de política monetária de dois dias nesta quarta-feira.

Os mercados, que há apenas alguns dias tinham uma alta de 0,50 ponto percentual nos juros como praticamente garantida para a reunião, passaram a apostar majoritariamente em uma dose de aperto mais intensa, de 0,75 ponto.

“A grande preocupação é com a inflação, de que o Fed está ainda mais atrás da curva do que o mercado imaginava”, disse à Reuters Mauro Morelli, estrategista da Davos Investimentos.

“Isso aumenta a aversão a risco, o dólar é a moeda de segurança e aí o dólar se valoriza contra as outras moedas. Isso é um cenário pior para mercados emergentes.”

Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que, assim como o encontro do Fed, se encerra na quarta-feira, a Selic deve ser elevada em 0,50 ponto percentual, a 13,25%, segundo a visão majoritária no mercado.

Quanto mais a Selic sobe, mais interessante fica o real para investidores que buscam lucrar com a compra de moedas de alto rendimento.

O que esperar do dólar?

Morelli, da Davos, diz que até o final do ano vai ter muita volatilidade no mercado de câmbio doméstico.

Ele prevê períodos de baixa intensa da moeda seguidos abruptamente por momentos de rápida valorização ao longo dos próximos meses.

“A volatilidade não vai terminar enquanto não ficar mais claro o cenário internacional” e enquanto não passar o período eleitoral brasileiro, completou.

*Com informações da Reuters

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