BusinessTimes

E-commerce guarda vencedores em potencial; saiba quais ações comprar

08 dez 2021, 18:27 - atualizado em 08 dez 2021, 18:27
Magazine Luiza
Magazine Luiza é uma das melhores apostas para o longo prazo, avaliou o BTG (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza)

Um dos maiores desafios atuais do setor de e-commerce brasileiro talvez seja entender como manter os níveis elevados de crescimento sem colocar em risco a lucratividade dos negócios.

O BTG Pactual (BPAC11) destacou em relatório divulgado nesta semana que uma empresa nova e recém-financiada tem tendência a queimar caixa para investir no desenvolvimento de suas operações até encontrar o produto ajustado ao mercado e ver as receitas com crescimento suficiente para fazer o sistema rodar.

Isso explica por que nem todas as empresas conhecidas pelo crescimento acelerado são lucrativas. Na zona do e-commerce, onde a competição é acirrada e “o vencedor leva tudo”, poucas se destacam.

Segundo o BTG, saber diferenciar uma empresa que cresce de um player vencedor é determinante para o sucesso dentro do comércio eletrônico brasileiro no longo prazo.

O setor pode estar vivendo uma onda pessimista, com o mercado preocupado com a desaceleração do e-commerce no país, o aumento da competição e a sustentabilidade das margens das empresas. No entanto, ele ainda guarda oportunidades para o investidor.

O BTG enxerga quatro vencedores em potencial: Petz (PETZ3), Arezzo (ARZZ3), Grupo Soma (SOMA3) e Centauro (CNTO3).

“Apenas as empresas com foco em fornecer uma experiência superior ao consumidor (de preferência, com presença no varejo físico, entrega mais barata/eficiente) terão a chance de competir contra a tendência de consolidação (e marketplaces horizontais) que está à frente do setor nos próximos anos”, comentou o banco.

Petz
Segundo o BTG, a Petz está entre os vencedores em potencial do e-commerce (Imagem: Petz/Divulgação)

Na avaliação do BTG, Mercado Livre, Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) são as melhores apostas para o longo prazo. O banco defendeu que eles são players horizontais líderes e comprovados, com muito mais liquidez que outros.

Isso sustenta a tese dos analistas de que algumas ações estão em bom ponto de compra.

Para Magalu e Americanas, por exemplo, o BTG indica comprar os papéis, embora tenha cortado o preço-alvo do primeiro para R$ 16. Para a Americanas, o banco estipulou preço-alvo de R$ 45, com potencial de alta de mais de 50%.

O BTG também revisou os preços-alvo de Enjoei (ENJU3) e Westwing (WEST3) para R$ 7 cada. A recomendação de compra também foi mantida para as duas ações.

No caso da Via (VIIA3), o banco cortou em 60% o preço-alvo da ação, que está agora em R$ 8. A recomendação é neutra, dada a grande exposição da companhia ao segmento de eletrônicos/eletrodomésticos (que deve ficar mais competitivo), além das incertezas com relação às provisões futuras e monetização de créditos fiscais no balanço patrimonial, “o que poderia afetar a capacidade da empresa de investir no crescimento de sua operação”.

As ações das duas principais empresas do e-commerce seguem ampliando a queda no acumulado de 2021. Desde janeiro, o Magazine Luiza despencou 72,53%, enquanto a Via caiu 64,29%. A Americanas acumula perdas de 59,75% no ano.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.