Comprar ou vender?

É hora de investir no setor de educação? Saiba quais ações o BTG recomenda

29 abr 2022, 14:33 - atualizado em 29 abr 2022, 14:36

O setor de educação deve deixar os dias mais difíceis para trás, com um primeiro trimestre apresentando sinais iniciais de recuperação, segundo o BTG.

Em relatório, os analistas do banco afirmaram que “impulsionadas por comps fáceis, algumas empresas devem ver as tendências de baixa em seus resultados operacionais chegarem ao fim, enquanto todos os jogadores devem relatar melhores números de ingestão”.

“No entanto, vários ventos contrários ainda podem comprometer o trimestre (e potencialmente todo o ano), tais como: média pressionada, ingressos, alta inflação de custos, despesas financeiras mais altas e grandes impressões de capex (também prejudicadas pelo recente aumento da inflação)”, continua o relatório.

Segundo o banco, “em poucas palavras, os resultados do primeiro trimestre devem trazer alguma melhora nas tendências, mas o cenário ainda parece longe de uma recuperação clara em forma de V, deixando-nos cautelosos com o setor”.

“Após alguma frustração em ciclos de admissão anteriores, prevemos melhores números de admissão H1 para toda a nossa cobertura tanto no segmento de ensino à distância quanto no segmento presencial (impulsionado por comps fáceis)”, diz. “No entanto, quando se trata de preços, os ingressos ainda devem decepcionar, prejudicados pelo ambiente competitivo difícil para atrair novos alunos. Como resultado, apesar das bases de alunos aprimoradas, não prevemos uma grande expansão orgânica de receita para os jogadores pós-secundários no primeiro trimestre”, continua.

Apesar disso, a recomendação do BTG para o momento do setor de educação é de cautela e a compra deve ficar restrita somente para alguns ativos.

São eles: Cruzeiro (CSED3), Anima (ANIM3) e Vitru (VITRU).

Cruzeiro (CSED3)

Cruzeiro do Sul Educacional
(Imagem: Facebook/ Cruzeiro do Sul)

Para o BTG, a Cruzeiro deve apresentar resultados melhores após meses “medíocres”, mas ainda suaves no primeiro trimeste de 2022.

“[Enxegramos] um leve crescimento da receita líquida e uma margem Ebitda estável y/y. A base de alunos deve expandir 10% q/q para 143k no local e 3% q/q para 250k no EAD, ajudado por melhores números de admissão (aumento de 21% a/a para 50k no local e 18% a/a para 84k em DL)”, diz o BTG.

Os analistas do banco ainda preveem uma melhor dinâmica de ingressos no local, mas preços pressionados no DL.A receita deve crescer 11% na comparação ano a ano para R$ 467 milhões. O Ebitda também deve crescer 11% para R$ 141 milhões, com margem estável de 30%. O lucro líquido deve ser de R$ 37 milhões, o que representa um aumento anual de 19%.

Anima (ANIM3)

Ânima Educação
(Imagem: Facebook/Ânima Educação)

A segunda ação indicada pelo BTG no setor de educação é a da Anima, com previsão de que a receita líquida deve mais que dobrar na comparação ano a ano, para R$882 milhões, impulsionada pela Laureate.

Além disso, a empresa deve registrar 75 mil entradas no segmento de graduação presencial (aumento de 140% a/a), atingindo 286 mil alunos, embora isso deva ser ligeiramente compensado por uma média consolidada mais baixa.

O Ebitda, segundo os analistas do banco, deve atingir R$ 312 milhões (vs. R$ 138 milhões um ano atrás), com a empresa capturando sinergias G&A relevantes do negócio com a Laureate.

Os resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano, segundo o BTG, devem ser mistos para a Anima.

Vitru (VITRU)

Vitru Educação VTRU

A terceira e última ação indicada pelo BTG para a educação é a da Vitru, com uma previsão otimista do banco, que aponta que a empresa deve apresentar resultados consistentes no primeiro trimestre, “com sólida expansão da receita líquida e margens estáveis ​​ano a ano”.

O banco enxerga, para a Vitru, uma receita líquida de R$ 175 milhões, crescendo 16% na comparação anual, ajudada por um aumento de 21%  nas entradas de EAD (152 mil alunos) comparada ao ano passado, expansão da base de alunos (agora em 326 mil, vs. 273 mil há um ano) e crescimento moderado em média.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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