Setor Elétrico

EDP vê maior interesse de petroleiras em energia eólica offshore

08 out 2020, 12:18 - atualizado em 08 out 2020, 12:18
Petroleiras europeias têm aumentado investimentos em energia renovável, à medida que governos, consumidores e investidores exigem medidas mais rápidas (Imagem: REUTERS/José Manuel Ribeiro)

A EDP-Energias de Portugal, concessionária com parques eólicos nos Estados Unidos e na Europa, disse que vê cada vez mais grandes petroleiras como investidoras no setor, com preferência por empreendimentos em alto mar.

“Quando vemos grandes petroleiras, as vemos um pouco mais no offshore”, disse o diretor-presidente interino da EDP, Miguel Stilwell de Andrade. “Na energia eólica em terra, não encontramos grandes empresas de petróleo. Não é algo que temos visto em leilões recentes”, afirmou em entrevista na quarta-feira.

Petroleiras europeias têm aumentado investimentos em energia renovável, à medida que governos, consumidores e investidores exigem medidas mais rápidas para enfrentar a mudança climática.

A Total comprou uma participação em um projeto de turbina flutuante no Mediterrâneo, seu terceiro investimento no setor neste ano. BP e Equinor formaram uma parceria no mês passado para construir parques eólicos em alto mar.

A EDP é uma das maiores incorporadoras de energia renovável da Europa e tem plano de investir 12 bilhões de euros (US$ 14 bilhões) até 2022, com o desenvolvimento de projetos nos EUA e em outros mercados. A empresa também vende alguns de seus parques eólicos para reinvestir em nova capacidade.

“Muitos desses projetos levarão quatro, cinco, seis anos para atingir maturidade”, disse Andrade. “Para alguém que entra na corrida agora, se optar por greenfield, acho que vai demorar alguns anos antes que possa realmente acelerar o crescimento. Obviamente, podem fazer isso comprando plataformas ou outras coisas.”

Royal Dutch Shell e EDP são parceiras em um projeto para construir um parque eólico offshore em Massachusetts. A EDP também formou uma joint venture para ativos de energia eólica em alto mar com a francesa Engie.

Há lugar para todos, disse Andrade.

“A quantidade de megawatts e de capital que terá de ser implantada nos próximos dois anos é simplesmente tremenda”, afirmou. “Há muito espaço.”

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