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Eletrobras (ELET6): um belo destino para o seu FGTS

05 jun 2022, 12:01 - atualizado em 06 jun 2022, 9:49
Eletrobras
“E existem outros pontos que investidores como você devem ficar atentos para não incorrerem em riscos desnecessário”, coloca o colunista (Imagem: Reuters/Pilar Olivares)

Um dos principais assuntos que movimentaram a semana foi o processo de privatização da Eletrobras (ELET6, ELET3). Nele, os brasileiros poderão usar até 50% dos saldos do FGTS na compra de ações da companhia

Antes de tomar essa decisão, é essencial entender sobre a atuação da empresa e a dinâmica do setor de energia elétrica, bem como conhecer seus principais indicadores financeiros e sua gestão. 

E existem outros pontos que investidores como você devem ficar atentos para não incorrerem em riscos desnecessário. 

Por isso, estamos oferecendo um relatório gratuito sobre Eletrobras, preparado por Ruy Hungria, que é um dos analistas da casa. 

O raio X da Eletrobras e regras em jogo

No relatório você encontrará informações completas e detalhadas, mas eu gostaria de dar aqui para você uma visão geral do histórico da companhia e sobre as regras de utilização do FGTS. 

A Eletrobras é a maior companhia do setor elétrico do país, representando cerca de 30% de toda a geração de energia e 40% de todos os ativos de transmissão. 

Em um passado não muito distante, entre 2012 e 2015, a companhia enfrentou problemas, pois possuía algumas distribuidoras e SPEs (sociedades de propósitos específicos) deficitárias. 

Somado a isso, a medida provisória 579, editada no final de 2012 no governo de Dilma Rousseff, um artifício usado para reduzir o preço da energia, causou uma queda de 30% em suas receitas, prejudicando seus resultados. O prejuízo acumulado nesse período chegou a R$ 31 bilhões.

Mas a partir da entrada de Wilson Ferreira Júnior no comando da Eletrobras em 2016, no governo de Michel Temer, houve um turnaroud

Ele vendeu ativos deficitários, reduziu o quadro de funcionários e colocou em prática um plano de controle de despesas. Com isso, a alavancagem caiu – o indicador dívida líquida/Ebitda passou de 8,7 vezes para 2 vezes, e a companhia voltou a ter lucro. 

Com o dinheiro da privatização, a Eletrobras poderá recomprar os direitos de vender energia a preço de mercado e ainda contará com maior agilidade na tomada de decisões e realização de investimentos para se tornar mais eficiente e crescer. Isso pode levar a um retorno maior no médio e longo prazo. 

Quanto ao valuation, hoje a ELET6 está muito barata na Bolsa, aquém de outros players do setor. Assim sendo, há potencial de valorização. 

Por outro lado, o FGTS é corrigido a 3% mais TR (taxa referencial) ao ano. Como a TR atual é zero, são somente 3% ao ano. Portanto, a Eletrobras pode entregar mais do que isso no médio e longo prazo. 

Mas aí é preciso estar ciente sobre regras envolvendo o uso desse recurso para fazer um planejamento assertivo. 

Ao comprar Eletrobras com o FGTS, será obrigatório manter as ações por, no mínimo, 12 meses. Após esse prazo, as vendas serão liberadas, mas o dinheiro terá que voltar para a conta do FGTS na Caixa. E, então, o saque só poderá ser efetuado nas condições previstas na lei como compra da casa própria, demissão sem justa causa ou aposentadoria, entre outras. 

[ACESSE AGORA NOSSO RELATÓRIO SOBRE ELETROBRAS]

Um abraço,

Sócio-fundador da Empiricus
Sócio-fundador da Empiricus, é bacharel em Economia pela FEA-USP, em Jornalismo pela Cásper Líbero e mestre em Finanças pela FGV-EESP. É autor da newsletter Viva de Renda.
Sócio-fundador da Empiricus, é bacharel em Economia pela FEA-USP, em Jornalismo pela Cásper Líbero e mestre em Finanças pela FGV-EESP. É autor da newsletter Viva de Renda.
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