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Eletrobras (ELET6) vê lucro cair mais da metade no 4T21, para R$ 610 milhões

19 mar 2022, 11:05 - atualizado em 19 mar 2022, 11:09
Eletrobras
No acumulado do ano, o lucro da Eletrobras apresentou uma redução de 11% ante 2020, com o montante atingindo R$ 5,7 bilhões (Imagem: REUTERS/ Ueslei Marcelino)

A Eletrobras (ELET3;ELET6) registrou lucro líquido de R$ 610 milhões no quarto trimestre de 2021, uma queda de 51,9% em relação a igual período de 2020, de acordo com o relatório divulgado pela companhia na noite desta sexta-feira (18).

Segundo a Eletrobras, o resultado foi negativamente impactado por provisões operacionais, com destaque à PCLD (provisão para créditos de liquidação duvidosa) de R$ 1 bilhão referente a risco de créditos a receber, pela holding e  pela Eletronorte, contra a distribuidora Amazonas Energia, provisão relativa à passivo a descoberto da SPE (sociedade de propósito específico) Santo Antônio Energia de R$ 706 milhões (em adição à perda de R$ 697 milhões em participações societárias para a mesma SPE).

No acumulado do ano, o lucro apresentou uma redução de 11% ante 2020, com o montante atingindo R$ 5,7 bilhões.

A receita operacional líquida do quarto trimestre aumentou 27%, para R$ 11,5 bilhões. Tanto o segmento de geração quanto de transmissão apresentaram crescimento de receita.

Em 2021, a receita líquida teve um crescimento de 29%, a R$ 37,6 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saiu de um saldo negativo de R$ 299 milhões para um valor positivo de R$ 2,4 bilhões no trimestre. A margem Ebitda do período atingiu 21%, ante -3% dos últimos três meses de 2020.

O salto no Ebitda do quarto trimestre fez com que o Ebitda do acumulado do ano disparasse 44%, para R$ 15,1 bilhões.

Excluindo efeitos não recorrentes, o Ebitda trimestral e anual marcaram, respectivamente, R$ 4,7 bilhões e R$ 19 bilhões.

Privatização

Em fevereiro, o O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou a primeira etapa da privatização da Eletrobras, que ocorrerá dentro do modelo de capitalização – ou seja, via oferta de ações.

Mesmo com o ministro Vital do Rêgo reconhecendo que o valor de venda da estatal está subestimado (para o magistrado, a empresa deveria ser privatizada por R$ 130 bilhões, quase o dobro do valor do patrimônio avaliado pelo governo, de R$ 67 bilhões), a aprovação foi realizada sob a modelagem apresentada pela União.

Em assembleia geral extraordinária, a maioria dos acionistas aprovou os termos para o processo de desestatização da companhia, entre eles a emissão das novas ações e a reestruturação societária da empresa. Os acionistas também deram sinal verde para o conselho de administração definir o cronograma, a estrutura e os demais termos e condições da oferta.

Agora, a pauta volta ao plenário do tribunal de contas para deliberação.

O último passo para que a oferta de ações possa ocorrer em maio será a aprovação de um preço mínimo da ação na operação.

Como a União não investirá na oferta, sua participação no capital votante cairá de para 45%, deixando de ter o controle da elétrica.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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