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Em safra com mais cana, etanol crescerá sob projeção de petróleo podendo ir a US$ 100 em 2022

18 jan 2022, 15:18 - atualizado em 18 jan 2022, 15:35
Petróleo
Cotação do petróleo em 2022 deve amparar um pouco mais de produção de etanol (Imagem: Pixabay/tzevena)

O petróleo encostou nos US$ 88 nesta terça (18), mas embora amparado por tensões no Golfo, após ataques por drones em refinarias nos Emirados Árabes, tipo de viés que leva depois a uma volta atrás – tanto que caiu para US$ 86,90 -, estaria já se desenhado um cenário de US$ 100 o barril para 2022.

Se consolidada previsão do Goldman Sachs, que resvalaria em mais preços da gasolina, e a recuperação dos canaviais for melhor que a esperada no Centro-Sul brasileiro, pode-se aguardar uma inversão do mix da cana na safra 22/23.

Pouca coisa, mas deve dar mais etanol que açúcar, proporcionalmente à entrada de matéria-prima nas moendas, acredita a consultoria Safras & Mercados.

Maurício Muruci, analista de sucroenergia, estabeleceu 54 bilhões de litros, 1 bilhão superiores à 21/22.

Para o açúcar, a medida é 46 contra 47 milhões de toneladas.

Portanto, o adoçante representaria 46% do volume de cana, apurado em 560 milhões de toneladas, depois de revisado em 20 milhões/t sobre o penúltimo levantamento da Safras.

‘Oficialmente’, em dados da Unica, entidade que agrega a usinas, a safra anterior fechou em 521 milhões/t versus 606 milhões/t do período comercial 20/21.

Maurici não acredita que o barril do Brent passe dos US$ 90 antes antes do fim do primeiro semestre, porque a inflação nos Estados Unidos em alta implica em ações do governo para barrar o aumento do custo da energia, como se tem visto, por exemplo, no acordo com a China para certa desova dos estoques estratégicos.

Essa escalada de cotações do óleo pesado do Mar do Norte, que é a referência em Londres, vista pelo Goldman Sachs está sintonizada nas condições de consumo menos pressionado pela pandemia, em condições melhores que em 2021.

O avanço da covid no planeta via variante ômicron não estaria, ainda, proporcionando uma visão mais pessimista, dado que os estoques mundiais estão mais baixos – e assim deverão ficar ao longo do ano.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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