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Entenda por que a Cogna (COGN3) está longe de “virar a página”

26 abr 2022, 15:02 - atualizado em 08 maio 2022, 16:59
Kroton Cogna
Analistas continuam céticos em relação a Cogna, embora reafirmem que o pior para a companhia já passou (Imagem: Kroton/Youtube)

A Cogna (COGN3), maior rede de educação do país, é um papel que atrai a atenção dos investidores que buscam grande potencial de valorização.

A empresa, que sofreu com a pandemia e com a reestruturação, ainda não engatou no ano: acumula alta de quase 8%, marcado por grande volatilidade.

Analistas continuam céticos, embora reafirmem que o pior para a companhia já passou. Segundo levantamento da Reuters, nove corretoras recomendam manter a ação enquanto quatro indicam venda. Nenhuma recomenda compra.

O BB Investimentos é uma das corretoras que mantém a neutralidade do papel. No começo do mês, a instituição cortou o preço-alvo da Cogna de R$ 4,5 para R$ 4.

Por que a desconfiança pesa contra a Cogna?

A analista Melina Constantino, que assina o relatório, diz que os impactos da pandemia (e antes dela, a crise econômica doméstica e a drástica redução do Fies) foram bastante severos e deixaram marcas no balanço
de 2020, que contou com diversos ajustes.

Porém, ela ressalta que a reestruturação da Kroton, unidade de negócios mais relevante da holding, foi bem sucedida “quando analisamos a evolução do resultado operacional da empresa”.

Mesmo assim, a busca pela “virada de página” ainda pode estar longe.

“Esta “virada de página” em busca de um ciclo mais positivo de resultados e de maior geração de valor ao acionista coincidiu com um cenário econômico doméstico muito desfavorável, além do momento de grande volatilidade no mercado de ações, que pode aumentar ainda mais no segundo semestre deste ano, em razão das eleições”, completa.

Além disso, a elevação da Selic também resultou em maiores despesas financeiras projetadas, prejudicando o resultado líquido da companhia.

Queda justificada?

Pedro Serra, analista da Ativa Investimentos, em coluna para o Money Times, afirmou que, olhando para o futuro, outro ponto importante a ser levantado é que o setor de educação ainda passará por um ano desafiador.

“Embora o EAD tenha vindo para ficar, o ensino presencial deve continuar sofrendo com dificuldades de repassar a inflação nos tickets, pressionando suas margens”, diz.

Apesar disso, o analista comenta que o pior para a empresa já passou e a restruturação da Cogna parece estar dando resultados.

“O fechamento de campus, o deal com a Eleven e o foco no modelo de subscrição em Vasta e no EAD em Kroton são ações que geram otimismo para o futuro da empresa”, conclui.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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