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Entrega de fertilizantes crescerá a 41,8 milhões de toneladas no Brasil, diz StoneX

16 mar 2021, 20:52 - atualizado em 17 mar 2021, 7:13
Fertilizantes
A consultoria destacou que os volumes comercializados antecipadamente ainda devem ser internalizados ao longo dos próximos meses (Imagem: Reuters/Nacho Doce)

As entregas de fertilizantes no Brasil devem crescer 6% neste ano, para o recorde de 41,80 milhões de toneladas, estimuladas pela perspectiva de safra recorde de grãos em 2020/21 e pelo alto patamar de preços das commodities, o que deixa os produtores mais capitalizados, projetou nesta terça-feira a StoneX.

A consultoria calcula que em 2020 a demanda tenha avançado 8,8% ao alcançar a marca de 39,42 milhões de toneladas de NPK entregues aos agricultores.

A projeção para este ano tem como base o amplo patamar de comercialização antecipada do insumo e fortes importações durante os primeiros meses do ano.

Somente em janeiro, o mercado de adubos comercializou um recorde de 40% do volume esperado para o ano inteiro no Brasil, disse o vice-presidente comercial da Mosaic Fertilizantes, Eduardo Monteiro, no mês passado.

“Cerca de 43% dos compromissos previstos já foram negociados a nível nacional, sendo que no Centro-Oeste também se destaca como região mais adiantada, tendo firmado cerca de 52% das compras de fertilizantes”, disse em nota a analista de inteligência de mercado da StoneX Gabriela Fontanari.

A consultoria destacou que os volumes comercializados antecipadamente ainda devem ser internalizados ao longo dos próximos meses, com os agricultores buscando aproveitar janelas de compras mais favoráveis ante o cenário de alta.

“O mercado se manterá atento aos desenvolvimentos da safra dos Estados Unidos e Índia a partir do segundo trimestre, buscando identificar tendências para o balanço de oferta e demanda mundial que possam impactar o âmbito doméstico”, acrescentou a analista.

Quanto à tributação de forma escalonada sobre os fertilizantes, com a aplicação de 1% ao ano até que a alíquota atinja 4% definida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) na última semana, Fontanari disse que a expectativa é de pouco impacto sobre a demanda no curto prazo.

“Você ainda tem um sentimento bem forte de otimismo entre os produtores com a cotação dos grãos e também muito do volume que será aplicado neste ano já foi comprado pelos agricultores que se organizaram para aproveitar preços mais favoráveis a eles”, afirmou à Reuters.

Ela alertou, no entanto, que o mercado deve observar qual será o impacto da tributação sobre os preços dos insumos quando convertidos em reais, “do ponto de vista (de custo) para os produtores”.

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