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Etanol reage com o fim da liquidação e vantagem para a gasolina. Se sustentará?

30 mar 2021, 9:55 - atualizado em 30 mar 2021, 11:51
Agronegócio Agricultura Cana-de-Açúcar Etanol
Safra de cana praticamente começou e mais oferta de etanol estará disponível no mercado (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Esta terça-feira (30) será importante para se saber se o etanol hidratado saiu do fundo do poço. Na véspera, o biocombustível reagiu nas fábricas e nas distribuidoras, após os tombos espetaculares da semana anterior.

A Safras & Mercado viu o litro sendo negociado em torno dos R$ 2,80 em Ribeirão Preto, com imposto e sem frete, R$ 0,07 acima da sexta-feira. Até este dia, na média da semana, o recuo na usina foi de 15,84% (R$ 2,3071, livres), segundo o Cepea.

Nas distribuidoras localizadas em Paulínia, ontem houve alta de 1,65% e o litro, a R$ R$ 2,3405, encurtou a retração acumulada no mês para 18,86%.

O movimento de liquidação dos estoques estava bastante evidente e pode ter cessado, com as distribuidoras voltando às compras mesmo com a baixa circulação da população diante das restrições estaduais e municipais de enfrentamento à pandemia.

Embora tenha havido recuo nos preços da gasolina nas bombas também na semana passada, de acordo com a ANP, Maurício Muruci, da Safras, acredita que a competitividade do etanol hidratado ainda não está boa.

Em levantamento da Abicom, que reúne os importadores de combustíveis, a defasagem da gasolina para o petróleo alcançou hoje R$ 0,21 por litro.

O movimento constante de queda dos preços das distribuidoras chegou também aos postos.

Além do cenário de influência do petróleo, que interrompeu as altas com o desencalhe do navio no Canal de Suez, também a safra do Centro-Sul já está ofertando mais etanol, embora oficialmente o ciclo comece dia 1º de abril.

Portanto, ainda há ameaças à sustentação dos preços.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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