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Evergrande diz que pedido de liquidação contra empresa não afetará reestruturação

28 jun 2022, 15:38 - atualizado em 28 jun 2022, 15:38
Em tal cenário, disse a Evergrande, qualquer transferência de ações por acionistas ou potenciais investidores em/ou após 24 de junho, quando a petição foi apresentada, seria anulada (Imagem: REUTERS/Aly Song)

A China Evergrande, a incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, disse nesta terça-feira que irá se opor “vigorosamente” a uma ação de liquidação movida contra o grupo e que a petição não afetará seu plano ou cronograma de reestruturação.

A Evergrande confirmou o pedido de liquidação protocolado pela holding de investimentos Top Shine Global em Hong Kong por não cumprimento de uma obrigação financeira de 862,5 milhões de dólares de Hong Kong (109,91 milhões de dólares).

A incorporadora tem mais de 300 bilhões de dólares em passivos e deixou de pagar sua dívida offshore no ano passado, mas espera anunciar um plano de reestruturação preliminar até o final de julho.

A empresa disse nesta terça-feira que, se liquidada, qualquer alienação de propriedade diretamente detida, incluindo ativos e ações, será anulada, a menos que o tribunal conceda uma ordem de validação.

Em tal cenário, disse a Evergrande, qualquer transferência de ações por acionistas ou potenciais investidores em/ou após 24 de junho, quando a petição foi apresentada, seria anulada.

A negociação das ações da Evergrande está suspensa desde 21 de março, pois a empresa não conseguiu publicar os resultados financeiros a tempo e diante de uma investigação relacionada à unidade Evergrande Property Services Group.

Na segunda-feira, um executivo da Top Shine disse à Reuters que a empresa apresentou a petição de liquidação, uma vez que a Evergrande não honrou um acordo para recompra de ações adquiridas pela Top Shine na Fangchebao (FCB), o marketplace online imobiliário e automotivo do grupo imobiliário.

A fonte disse que a Top Shine comprou 0,46% da FCB por 750 milhões de dólares de Hong Kong em março do ano passado, antes de uma planejada oferta pública inicial de ações (IPO), e que a Evergrande havia concordado em recomprar os papéis com um prêmio de 15% se um IPO não se concretizasse até 8 de abril deste ano.

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