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Exclusivo: Petrobras tentou barrar divulgação de pedido da CVM para refazer balanços

08 mar 2017, 11:54 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

A Petrobras pediu à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que não tornasse público o pedido da autarquia divulgado hoje (8) para que a estatal refizesse os balanços entre os anos de 2013 e 2015, mostra um documento enviado ao superintendente geral da CVM. A estatal pediu “a priori, efeito suspensivo à determinação e, especialmente, à publicação do conteúdo do referido ofício”.

O comunicado da estatal veio após a determinação feita pela CVM em 3 de março encaminhada ao diretor de Relações com Investidores Ivan de Souza Monteiro. Ali, a CVM chamou atenção para a “ausência de informações a respeito das estratégias de gestão de risco para levar a efeito o hedge das exportações” e alertou que tal ofício seria publicado após o fechamento daquele dia.

Em resposta, a Petrobras ressaltou que passa por um processo de profunda reestruturação, “cujos alicerces centrais focam no aperfeiçoamento da governança” e ressaltou que o refazimento das demonstrações teria “impacto direto” no processo e produziria “efeitos deletérios para os legítimos interesses da Petrobras”. Além disso, que temia uma “incorreta associação” com os fatos relacionados à Operação Lava-Jato

Resposta da CVM

A autarquia, então, afirmou que o pedido contraria o procedimento da CVM que determina a divulgação da determinação de republicação das demonstrações por meio da página da Comissão de Valores Mobiliários na rede mundial de computadores, independente de apreciação de eventual recurso interposto pela Companhia.

Sobre a Lava Jato, a CVM afirmou que o pedido era exclusivo sobre a “adoção da contabilidade de hedge e não guarda nenhuma relação com a construção dos ativos que foram objeto da operação Lava-Jato, que aliás sequer é citada no ofício”.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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