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Expectativa de queda para preço do arroz alimenta cautela de analistas com Camil

11 jan 2021, 14:04 - atualizado em 11 jan 2021, 14:04
Arroz Grãos Alimentos
A Ágora Investimentos espera que os preços do arroz no país caiam em média 15% em 2021 e 2022 (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.)

A Camil (CAML3) conseguiu surpreender de forma positiva a equipe de análise da Ágora Investimentos. A companhia divulgou na noite da última quinta-feira os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020.

Beneficiada pela alta do preço do arroz, a Camil apresentou entre julho e setembro do ano passado um lucro líquido 96% maior em relação ao mesmo intervalo de 2019. O montante atingiu R$ 129 milhões.

A receita líquida subiu 38%, para R$ 2 bilhões, impulsionada pelo segmento alimentício internacional. O Ebitda, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, totalizou R$ 237 milhões, superando em 5% as estimativas do Bradesco BBI e em 13% o consenso.

“Em nosso relatório recente de revisão de cobertura, sinalizamos o benefício do aumento dos preços do arroz para os ganhos da Camil, já que a empresa geralmente repassa os maiores custos com arroz para os consumidores finais, diluindo custos/despesas fixas (cerca de 20% do total). Em uma análise de sensibilidade, para cada aumento de 10% nos preços do arroz no Brasil, estimamos um aumento de cerca de 5% no Ebitda consolidado”, destacaram os analistas Leandro Fontanesi e Ricardo França, em relatório divulgado pela Ágora na sexta.

Desaceleração cíclica

A Ágora reiterou sua recomendação neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 12. Apesar do sucesso da estratégia de diversificação da Camil em termos de localização e categorias, a corretora possui uma expectativa de queda para os preços do arroz.

“A empresa foi beneficiada no [terceiro] trimestre com a alta do preço do arroz no Brasil, com custos fixos diluídos, mas esperamos que essa tendência seja revertida em 2021 e 2022”, comentaram Fontanesi e França.

A Ágora espera que os preços do arroz no país caiam em média 15% em 2021 e 2022, conforme as restrições de exportação começam a diminuir em nível global.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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