Agronegócio

Exportação de café do Brasil avança no acumulado de julho; soja mantém força

20 jul 2020, 21:49 - atualizado em 20 jul 2020, 21:49
Café
O Brasil está praticamente na metade da colheita de uma safra que deve ser uma das maiores da história (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)café

O ritmo das exportações brasileiras de café aumentou 5,7% até a terceira semana de julho, com a média diária de embarques alcançando cerca de 8 mil toneladas (133,3 mil sacas de 60 kg) ante 7,6 mil toneladas em julho do ano passado, conforme dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira.

Com as isso, as vendas externas de café verde alcançaram 104,5 mil toneladas no acumulado até a terceira semana do mês (aproximadamente 1,74 milhão de sacas de 60 quilos), informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

O mercado tem acompanhando de perto as exportações de café no primeiro mês da nova safra (2020/21) no Brasil, uma vez que há preocupações sobre o impacto da pandemia de Covid-19 na demanda pelo produto.

O Brasil está praticamente na metade da colheita de uma safra que deve ser uma das maiores da história, cuja produção tende a superar 60 milhões de sacas.

Apesar de uma boa parte das lavouras deste ano já ter sido colhida, a associação de exportadores Cecafé avalia que o reflexo da grande safra nos embarques nacionais começará a ser sentido a partir de agosto, quando um volume maior do produto estará beneficiado.

Em linha com as semanas anteriores, as exportações de soja do Brasil aumentaram na média diária para 475,9 mil toneladas até a terceira semana deste mês, ante 323,6 mil toneladas registradas um ano antes. No acumulado de julho, 6,2 milhões de toneladas já foram embarcadas.

As exportações brasileiras da oleaginosa devem alcançar cerca de 9 milhões de toneladas em julho, conforme estimativa da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), elevando o total embarcado no ano para mais de 70 milhões de toneladas, após um primeiro semestre de embarques recordes.

As vendas externas de milho, que devem ganhar ritmo no segundo semestre com o avanço na colheita da segunda safra, ainda estão mais fracas, somando cerca de 1,7 milhão de toneladas no acumulado do mês, versus quase 6 milhões de toneladas em julho do ano passado.

Já os embarques de açúcar aumentaram fortemente no período, aproximando-se já do total embarcado em todo o mês de julho do ano passado (1,8 milhão de toneladas).

Este ano, diferentemente do ano passado, usinas estão direcionando mais cana para a produção de açúcar, com o câmbio favorecendo embarques da commodity e o Brasil tirando proveito de menor oferta em importantes países produtores.

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