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Falta de pilotos: a nova dor de cabeça das empresas aéreas

25 set 2021, 13:00 - atualizado em 21 set 2021, 19:21
Lufthansa Aviões
Políticas governamentais, como vacinação obrigatória para pilotos em treinamento e restrições de viagens, também mantiveram distante uma nova leva de aviadores em potencial (Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach)

Depois de entrar em crise devido ao coronavírus, a indústria de aviação enfrenta ainda mais problemas à medida que o mundo emerge do pior da pandemia e descobre que provavelmente haverá uma escassez de pilotos depois que milhares foram demitidos ou decidiram se aposentar.

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Políticas governamentais, como vacinação obrigatória para pilotos em treinamento e restrições de viagens, também mantiveram distante uma nova leva de aviadores em potencial, segundo Bhanu Choudhrie, CEO da Alpha Aviation Group, que administra escolas de aviação nos Emirados Árabes e a maior delas no Sudeste Asiático, a Philippines. Elas treinaram mais de 2.500 pilotos para companhias aéreas, incluindo Philippine Airlines, AirAsia Group, Cebu Pacific e Air Arabia.

Aeronaves modernas, estreitas e destinadas a voos de longas distâncias, como os jatos A321 XLR da empresa Airbus — com entrega prevista para 2023 — exigirão mais pilotos do que os modelos anteriores, agravando a escassez, disse Choudhrie em entrevista em Londres.

“As companhias aéreas vão continuar a comprar, modernizar suas frotas e, ao fazer isso, vão exigir pilotos”, disse ele. “O mercado está ficando interessante de novo e estamos começando a observar essa tendência de alta, a ver as companhias aéreas chegarem até nós e dizer — olhe, este é o meu cronograma de entrega, você pode ter pilotos prontos para mim em dois anos?”

Muitas companhias aéreas estão se esforçando para recontratar pilotos, bem como comissários e equipe em terra, mas esse não tem sido um processo simples e algumas vagas de emprego não foram preenchidas. As carreiras no setor não parecem mais tão seguras quanto antes.

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Treinar um piloto leva de 18 a 24 meses, de acordo com Choudhrie, o que significa que as empresas devem trabalhar para prepará-los muito antes da entrega de novas aeronaves, incluindo jatos de fuselagem estreita, como o A321 XLR, que podem voar por mais tempo. As companhias aéreas normalmente encomendam aeronaves com anos de antecedência, dada a capacidade limitada de produção dos fabricantes de aviões.

A proporção da tripulação — ou número de pilotos atribuídos a um avião — pode ser tão alta quanto 18 para o A321 XLR em comparação a 10 ou 12 para modelos mais antigos da mesma familia de aeronaves, disse Choudhrie.

A Boeing estima que o mundo precisará de mais do que 600.000 novos pilotos nas próximas duas décadas, durante as quais as companhias aéreas receberão 43.600 novas aeronaves.

A demanda por novos aviões aumentará em mercados nos quais as operadoras procuram substituir sua frota antiga e em países como a Índia, sede da IndiGo, maior cliente dos jatos estreitos mais vendidos da Airbus.

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É por isso que a Alpha Aviation está abrindo um novo centro de treinamento de voo na Índia, com um investimento inicial de US$ 15 milhões, e tem planos de se expandir e investir até US$ 100 milhões, disse Choudhrie. Ele se absteve de fornecer mais detalhes antes de um anúncio formal.

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