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FAO confirma que países pobres pagam a conta da inflação de demanda e custos de alimentos

30 jun 2021, 17:23 - atualizado em 30 jun 2021, 17:36
Comércio Exportação Alemanha
Fluxo global de alimentos cresce e os preços também, puxado pelos grupos tradicionais (Imagem: Reuters/Fabian Bimmer)

No mais recente relatório da FAO (Agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o índice de preços dos alimentos apresentou alta de 39,7%, indo a 127,1 pontos.

Esse percentual sobre maio de 2020 foi puxado pelos preços dos óleos, dos cereais, dos lácteos, do açúcar e das carnes. Grupo que movimentou US$ 185 bilhões e cujo destino é em grande parte para as regiões mais pobres do planeta.

Ao observar os dados do organismo da ONU e cotejá-los com a expectativa de comércio para 2021, o consultor em comércio exterior Michel Alaby confirma que o “aumento dos preços não será uniforme”.

A FAO estima que até dezembro o fluxo de importações mundiais de alimentos deverá alcançar US$ 1,7 trilhão, mais de US$ 180 bilhões sobre 2020.

Portanto, se espera que o índice de preços dos alimentos da FAO não pare de subir. E seguindo a dinâmica típica do comércio global de gêneros alimentícios.

“Os países em desenvolvimento vão comprar mais alimentos em todas as categorias, enquanto os países desenvolvidos comprarão menos”, explica o CEO da Alaby Consultores & Associados.

Além dos custos mais altos de produção e da inflação mundial de demanda, ocasionada de uns tempos para cá com o relaxamento das restrições contra a pandemia e ao avanço da vacinação, há a valorização potencial do valor dos fretes internacionais pesando sobre os preços finais dos produtos, como indica Michel Alaby, também consultor do Programa das Nações Unidas para Países em Desenvolvimento (PNUD).

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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