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Febre da inteligência artificial vs. Medo de calote da dívida: Você entendeu o mês de maio nos mercados?

31 maio 2023, 18:59 - atualizado em 31 maio 2023, 18:59
Wall Street
Wall Street fecha o último pregão de maio em baixa. (Imagem: REUTERS/Andrew Kelly)

As ações dos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira (31), conforme um acordo para aumentar o teto da dívida federal seguiu rumo a uma votação crucial no Congresso norte-americano.

Além disso, dados inesperadamente fortes do mercado de trabalho do país abalaram investidores que temem que o Federal Reserve possa aumentar a taxa de juros novamente em junho.

A Câmara dos Deputados dos EUA deve votar ainda nesta quarta-feira um projeto para elevar o limite de dívida de 31,4 trilhões de dólares, um passo crítico para evitar um calote desestabilizador que pode ocorrer na próxima semana se não houver a aprovação do acordo no Congresso norte-americano.

O Dow Jones caiu 0,4%, para 32.910,9 pontos. O S&P 500 perdeu 0,60%, para 4.180,13 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,63%, para 12.935,29 pontos.

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Febre IA comanda Nasdaq e estresse da dívida no Dow Jones: o que aconteceu em maio?

Durante o mês de maio, investidores foram disputados por duas narrativas diferentes.

De um lado, os temores macroeconômicos continuaram latentes no mercado, com a questão monetária se aliando ao debate sobre o teto da dívida americana. Esses fatores trouxeram volatilidade para as negociações das principais companhias da Bolsa de Nova York.

Dow Jones Industrial Average (DJIA) — que une as 30 blue chips americanas — terminou o mês de maio com uma queda de 3,3%.

Em um tom totalmente diferente está a Nasdaq Composite (US100). O índice que reúne as principais ações de tecnologia teve o melhor maio em 11 anos, com um ganho acumulado de 5,92%. O motivo por trás deste impressionante desempenho é a corrida de inteligência artificial.

Uma verdadeira febre tomou o ambiente de negociação envolvendo as principais empresas de tecnologia, à medida que novos anúncios no segmento foram sendo feitos.

Nesse sentido, o principal destaque é a fabricante de semicondutores com sede em Santa Clara, coração do Vale do Silício. Trata-se da Nvidia Corp. (NVDA;NVDC34), que somente no mês de maio acumulou uma alta de 30%. 

A Nvidia vem ganhando corações dos investidores ao demonstrar possuir a tecnologia melhor preparada para rodar as aplicações de IA elaboradas por gigantes como Alphabet, Microsoft, Amazon e Apple. Não à toa, a empresa está em vias de entrar no seleto grupo de companhias com capitalização de mercado superior a US$ 1 trilhão.

Atrás da Nvidia, é o desempenho da Alphabet (GOOG;GOGL) que merece menção. A empresa ganhou 17,8% desde o início do mês, à esteira de novos desenvolvimentos de sua própria inteligência artificial, o Bard.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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