Taxa Selic

Felipe Miranda sobre Copom: Este 21 de junho deve ser o dia mais importante de 2023

21 jun 2023, 15:09 - atualizado em 21 jun 2023, 15:09
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Otimismo com motivo: Felipe Miranda, da Empiricus, já cogita corte de 0,5 ponto na Selic em agosto  (Imagem: Empiricus/Divulgação)

O Copom (Comitê de Políticas Monetárias) do Banco Central (BC) deve transformar este 21 de junho no dia mais importante do ano, segundo Felipe Miranda, estrategista-chefe e um dos fundadores da Empiricus Research.

Como se sabe, o Copom está reunido desde ontem para discutir a taxa básica de juros, a famosa Selic, que vigorará nos próximos 45 dias. Nem Felipe Miranda, nem a grande maioria dos analistas, espera que o BC corte hoje os juros, atualmente em 13,75% ao ano. Mas, nem por isso, a reunião deixará um gosto amargo na boca do mercado.

“Este é um dia muito importante para nós, brasileiros, porque, muito possivelmente, do ponto de vista prático, iniciaremos hoje o afrouxamento das condições monetárias”, afirmou Felipe Miranda no seu podcast diário Rude Awaking, distribuído aos clientes da Empiricus.

E como se dará esse início de afrouxamento, na prática, se a Selic continuaria onde está? Para Miranda, ele virá no comunicado em que o Copom informará a manutenção dos juros, após o término da reunião. O analista acredita que a diretoria do BC sinalizará, pela primeira vez, que pretende iniciar o ciclo de corte dos juros.

  • Hoje é dia de Copom e pode ser a última vez da Selic em 13,75%. A expectativa para agosto, próxima reunião, é de corte. Qual é o cenário para os FIIs? Assista ao Giro do Mercado de hoje (21) e veja a resposta do analista da Empiricus Research Caio Araújo. Inscreva-se no nosso canal e não perca o Giro do Mercado, de segunda a sexta-feira, às 12h.

“Será a primeira comunicação formal que vai abrir a porta para a redução da taxa Selic, possivelmente em agosto”, explica o sócio da Empiricus. Ele acrescenta que uma combinação de fatores permite esperar um corte mais profundo do que o inicialmente previsto.

Felipe Miranda: “As coisas estão melhorando”, diz sobre juros e Bolsa

O estrategista lembra que, ontem (20), a FGV divulgou um “mergulho” do IGP-M. De acordo com a segunda prévia de junho, o índice, que serve de referência para reajustar aluguéis e tarifas de serviços públicos, recuou 1,78%. Tanto o Índice de Preços ao Produtor, quanto o Índice de Preços ao Consumidor, que compõem o IGP-M, recuaram nessa prévia.

Outro ponto que contribui para o otimismo do analista é a tramitação do novo arcabouço fiscal no Senado, que transcorre sem problemas. Segundo ele, tudo isso “corrobora uma visão mais construtiva para a Selic”, e pode levar a um corte até maior que o previsto em agosto.

“Estamos em dúvida se será 25 ou 50 pontos-base, mas eu estou cada vez mais inclinado a achar que é 50”, afirmou Felipe Miranda. O primeiro motivo é a forte freada da inflação.

A soma de uma nova regra fiscal com o iminente afrouxamento monetário cria um cenário positivo para a Bolsa brasileira, que pode engatar um novo ciclo de alta. O protagonista, como sempre, é o investidor estrangeiro.

O gringo está positivo em quase R$ 8 bilhões na B3 em junho”, diz Miranda. “Então, de fato, as coisas estão melhorando. Não é que eu estou pirando, em referência à nossa querida Rita Lee”, conclui.

 

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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