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Fiagro do boi? Genial quer captar R$ 50 milhões com fundo inédito no Brasil

18 dez 2023, 16:25 - atualizado em 18 dez 2023, 16:25
fiagro boi
A captação do fiagro da Genial é destinada a investidores profissionais e feita no formato de condomínio fechado, com prazo de três anos (Imagem: Pixabay/Herney)

A Genial Investimentos anunciou a distribuição pública primária de cotas da primeira emissão do Genial Agro Boi Brasil. Trata-se do primeiro Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) especializado em cadeias produtivas do agronegócio com tese de investimento focada em obter ganhos com a valorização da arroba do boi (Fiagro).

A intenção é captar até R$ 50 milhões, em oferta pode se estender até maio de 2024. A captação é destinada a investidores profissionais e feita no formato de condomínio fechado, com prazo de três anos.

O valor unitário da cota é de R$ 1 mil e o produto oferece isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas, no caso do enquadramento do fundo nos termos da legislação aplicável.

“O agronegócio já representa cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, mas ainda é um segmento bastante afastado das soluções financeiras disponíveis no mercado. Queremos unir a sofisticação financeira da Faria Lima ao produtor”, diz Rodolfo Riechert, CEO da Genial.

“Queremos nos aproximar dos grandes produtores rurais, empresários, poupadores da região e oferecer o que um banco comercial não consegue oferecer: a solução financeira se adaptar ao cliente, e não o contrário”, complementa.

Os recursos captados pelo fundo serão aportados em produtores rurais do Grupo Nova Fronteira, que está em atividade desde 1985 e fornece animais para empresas como JBS (JBSS3) e Minerva (BEEF3).

As fazendas da empresa, localizadas no Mato Grosso, abatem mais de 40 mil cabeças de gado por ano, sendo que 21 mil hectares estão direcionados para a pecuária.

Entenda a tese do Genial Agro Boi Brasil

Para fomentar o funding aos pecuaristas, os recursos aportados no Genial Agro Boi Brasil serão utilizados para a aquisição de cédulas de produto rural financeira (CPR-F) destes produtores parceiros com a garantia de alienação fiduciária do gado.

Trimestralmente, a multinacional Control Union fará o monitoramento dos animais e, semestralmente, o produtor rural paga juros equivalentes a 1% ao mês – esse recurso será utilizado para distribuir rendimentos aos cotistas.

Conforme cronograma da CPR-F, o produtor realiza a programação da venda dos bois e efetua a amortização do título, com base na cotação atualizada do Preço do Boi Gordo Esalq do dia anterior ao pagamento – considerando a média das últimas cinco cotações.

“Em termos práticos, o produtor acessa um crédito de longo prazo para financiar a criação do gado e pagará esses valores reajustados ao longo dos próximos três anos. Enquanto o pecuarista passa a contar com uma solução inovadora para financiar sua produção, o investidor encontra uma oportunidade de retornos financeiros dentro do setor que movimenta a economia nacional e que deve crescer ainda mais nos próximos anos”, afirma Riechert.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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