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Firmas chinesas deixam bolsas de valores dos EUA em maior ritmo desde 2015

17 jun 2020, 8:00 - atualizado em 17 jun 2020, 8:09
Donald Trump
O presidente dos EUA, Donald Trump, avalia um escrutínio mais rigoroso de empresas chinesas após uma série de escândalos contábeis, incluindo o da Luckin Coffee (Imagem: Facebook/Casa Branca)

Empresas chinesas estão saindo das bolsas dos Estados Unidos no ritmo mais rápido desde 2015 em meio às tensões crescentes entre os governos de Pequim e Washington.

A deslistagem mais recente é da 58.com Inc., maior empresa de classificados on-line da China, que na segunda-feira selou acordo para fechar capital liderado pelas firmas de private equity Warburg Pincus e General Atlantic.

Um grupo de investidores apoiado pelo magnata da tecnologia chinês Pony Ma, da Tencent, disse na semana passada que vai fechar o capital da Bitauto, em acordo que avalia o site de venda de carros em US$ 1,1 bilhão.

Desde janeiro, empresas chinesas listadas nos EUA anunciaram quatro acordos para fechar capital com valor combinado de US$ 8,1 bilhões, incluindo dívida, segundo dados compilados pela Bloomberg.

No mesmo período do ano passado, não houve nenhum acordo desse tipo. É também o valor mais alto anual desde 2015, quando foram anunciados US$ 29,8 bilhões em aquisições para fechar capital.

O presidente dos EUA, Donald Trump, avalia um escrutínio mais rigoroso de empresas chinesas após uma série de escândalos contábeis, incluindo o da Luckin Coffee, que envolveram alguns dos maiores nomes de Wall Street.

A Nasdaq planeja novas regras que dificultariam ofertas públicas iniciais para algumas empresas chinesas (Imagem: Reuters/Shannon Stapleton)

A Nasdaq planeja novas regras que dificultariam ofertas públicas iniciais para algumas empresas chinesas, potencialmente restringindo seu acesso ao maior mercado de capitais do mundo.

A pandemia de Covid-19 também fez com que algumas empresas chinesas listadas nos EUA parecessem relativamente subvalorizadas, segundo Steven Tran, sócio do escritório de advocacia Mayer Brown, em Hong Kong.

“Acrescente o sentimento geralmente negativo nos EUA sobre tudo o que é relacionado à China, e temos a receita perfeita para um aumento das transações de fechamento de capital”, disse.

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