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Fórmula de sucesso? O jeito mineiro que fez da Direcional (DIRR3) a ‘queridinha’ de baixa renda

22 dez 2023, 8:40 - atualizado em 22 dez 2023, 1:51
Ricardo Gontijo CEO Direcional DIRR3 construção civil construtora incorporadora
Ricardo Gontijo, CEO da Direcional, fala ao Money Times sobre o modo cautelo de gerir a construtora e a prioridade de 2024 (Foto: Direcional/Divulgação)

Destaque entre as construtoras e incorporadoras que atuam no segmento de baixa renda, a Direcional (DIRR3) é tida como uma das preferidas da construção civil

Trimestre a trimestre, analistas de bancos e corretoras que acompanham o setor destacam os resultados e a resiliência da empresa mineira, muito antes do governo Lula anunciar as novas regras do programa que deve impulsionar ainda mais os números da companhia em 2024: o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

O CEO da Direcional, Ricardo Gontijo, destaca uma característica da construtora muito em linha com o jeito do povo de Minas Gerais: a cautela.

Segundo ele, a companhia sempre opera de forma conservadora. Principalmente, do ponto de vista de estrutura de capital para aguentar eventuais surpresas que aparecem no meio do caminho.

“Para que, caso seja necessário mudar o planejamento, nós tenhamos condições, eu diria, financeiras para fazer uma mudança de rota mantendo a empresa viva, operando de forma saudável”, diz o executivo que recebeu o Money Times na sede da empresa, em Belo Horizonte.

Cautela em país de capital caro

Gontijo destaca que é difícil manter o otimismo em um cenário que, com as taxas de juros altas, o capital é muito caro no país. “Os juros estão caindo, [a taxa Selic] pode chegar a 9%, mas ainda é muito caro”, diz.

O CEO da Direcional acrescenta que, em cenário de capital caro, “há muito pouco espaço para o erro” porque pode ser fatal para uma empresa.

“Portanto, é importante a gente traçar aquele cenário, preparar, mas trabalhar de forma conservadora. Sem levar um eventual otimismo ao extremo a ponto de alavancar [a empresa] demais, fazer endividamento. Isso pode matar uma empresa”, pondera.

Gontijo ressalta que os mais de 40 anos de atuação da construtora e a experiência adquirida ao atravessar diversos cenários econômicos.

“Nos preparamos para uma realidade que a gente acredita ser a mais provável. Porém, sempre operando de forma bastante cautelosa para que, caso aquilo não se materialize, a gente tenha um conforto, uma segurança”, ressalta.

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A Direcional em 2024

Dona de um banco de terrenos de mais de R$ 30 bilhões, Gontijo ressalta que, no ano que vem, a Direcional vai dimensionar a sua operação em função do que tiver de demanda.

“Hoje, a gente não tem um gargalo para lançamentos quando nós olhamos a disponibilidade de terrenos. Contudo, não faz sentido a gente colocar um produto no mercado se não houver demanda para aquele para ele”, observa.

O executivo volta a falar que, atualmente, o grande desafio é um capital mais caro. Diante disso, Gontijo diz que não faz sentido a companhia construir estoque e alocar capital em estoque de apartamento.

“O que vai definir o nosso ritmo de lançamento em 2024 é justamente a demanda pelos nossos produtos”, reforça.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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