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Fundos imobiliários: Índice encerra maior sequência de ganhos desde 2019 e tomba em outubro; HCTR11 vira o jogo

31 out 2023, 18:08 - atualizado em 01 nov 2023, 10:06
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Índice de fundos imobiliários fecha o pregão desta terça-feira com ligeira queda e tem o pior mês desde março; HCTR11 se destaca (Imagem: Reprodução Freepik)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou o pregão desta terça-feira (31), o último de outubro, praticamente estável. Em boa parte do mês, o Ifix operou sem direção única.

Com isso, o índice de FIIs teve ligeiro recuo de 0,01% (após ajustes), aos 3.155 pontos, mantendo-se distante da marca dos 3.200 pontos.



Entre os mais de 100 fundos listados, a maior alta ficou com o Banestes Recebíveis Imobiliários (BCRI11), de 2,29%. Por outro lado, o JS Real Estate Multigestão (JSRE11) registrou a maior queda do dia, de 4,14%.

Entretanto, o Ifix dá fim a seis meses seguidos de valorização, a maior sequência de ganhos mensais desde 2019, e encerra outubro com desvalorização de 1,97%.

“Depois de alguns meses de forte alta, é uma correção. A gente viu a curva de juros abrindo. Isso ditou o movimento do mercado este mês e fundos imobiliários são bem sensíveis aos juros”, comenta a analista de fundos imobiliários do Itaú BBA, Larissa Nappo.

“Uma hora tinha que cair”, acrescenta o analista de real estate da Empiricus Research, Caio Nabuco de Araujo. Esse movimento de correção levou o índice de fundos imobiliários a ter o quarto pior desempenho entre os principais investimentos.

Fundo imobiliário de papel volta a ser destaque em outubro

Apesar da queda do Ifix no mês, o fundo de papel Hectare CE (HCTR11) disparou e encerra o mês com valorização de 22,54%. O fundo liderou as perdas em setembro ao despencar 31%.

O salto do FII no período teve como pano de fundo o acordo entre a Forte Securitizadora (Fortesec) e a empresa do ramo de entretenimento e turismo Gramado Parks (GPK), no qual renegociaram os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) alvos de inadimplência desde fevereiro deste ano.

A Fortesec emitiu os recebíveis e o grupo hoteleiro do Rio Grande do Sul vinha tendo dificuldades para quitar as dívidas. Tal acordo envolveu sete operações de CRIs, que somam R$ 1,31 bilhão.

Em contrapartida, o Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) liderou as perdas e encerrou outubro com tombo de 12,16%, seguido da forte queda de 11,57% do XP Properties (XPPR11).

Por setores, os fundos de escritórios tinham o pior desempenho no mês (6,11% até o dia 27), segundo o levantamento do índice setorial de FIIs (ITrix) – do aplicativo de investimentos em fundos imobiliários (Trix).

*As cotações citadas na matéria são do site Investing.com

**matéria atualizada às 20h16

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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