Fundos imobiliários têm primeiro mês ‘no azul’: Veja os melhores e piores de abril

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou abril ‘no azul’ pela primeira vez em 2023. O índice encerrou o mês com valorização de 3,52%, sendo o primeiro de alta no ano e também o primeiro de ganhos desde outubro do ano passado.

Além disso, o Ifix fechou na maior alta percentual desde agosto de 2022. “Essa é a terceira maior alta mensal dos últimos três anos”, diz o head de real estate na VBI Real Estate, Ricardo Vieira.

Entretanto, ele ressalta que os fundos de papel e os fundos de tijolo foram os destaques do mês. Segundo ele, cabe observar o movimento dos fundos de tijolo que respondem praticamente pela metade do índice.

“Esses FIIs, especialmente os com melhores fundamentos imobiliários em termos de localização, especificações técnicas e maiores taxas de ocupação, continuam com preços atrativos”, avalia.

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Segundo Vieira, os fundos imobiliários desse segmento se destacaram no mês porque os fundos de papel, que ganharam espaço nos últimos anos como forma de proteção à alta da inflação e da taxa Selic, estão sob pressão.

“Isso nos últimos meses devido a casos de default concentrados em fundos high yield de gestoras de um mesmo grupo econômico e em papéis que não são encontrados em outros FIIs do segmento de CRI [Certificados de Recebíveis Imobiliários]”, diz.

O que explica o tombo de 4 fundos imobiliários e o prejuízo com ‘calote’?

Com isso, entre os fundos imobiliários listados no Ifix, o Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11) registrou a maior variação positiva, de 22%. Em contrapartida, o Versalhes Recebíveis (VSLH11) despencou 23,6% em meio à crise de calotes no segmento de CRIs.

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Contudo, o profissional da VBI acredita que, uma vez que seja depurado pelo mercado o fato de não haver risco sistêmico para os fundos de papel, poderá ocorrer uma recuperação significativa desses FIIs para acompanhar a alta já observada nos fundos de tijolo.

Portanto, a recuperação do mercado deve ocorrer de forma mais homogênea entre os segmentos, reforça Vieira.

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