Economia

Gasolina mais barata: Petrobras (PETR4) ‘deu uma mãozinha’ para a inflação; entenda

20 out 2023, 12:31 - atualizado em 20 out 2023, 12:31
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Corte no preço da gasolina pela Petrobras deve ser traduzido em um respiro de alívio para a inflação. (Imagem: REUTERS/Max Rossi/File Photo)

O corte de R$ 0,12 no preço da gasolina pela Petrobras (PETR3; PETR4) deve ser traduzido em um respiro de alívio para a inflação brasileira, avaliam especialistas do mercado.

O reajuste de 4% no combustível para as distribuidoras deve impactar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 em 11 pontos base, diz a estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo.

De acordo com ela, o reajuste se dará entre o IPCA de outubro, com queda de -0,52% (-4 pontos base), e de novembro, em -1,63% (-7 pontos base). A projeção da casa para a inflação do ano segue em 4,5% — dentro do teto da meta.

Já o economista da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, prevê um impacto de cerca de 8 pontos base apenas no IPCA de novembro.

A corretora ainda reduziu a perspectiva para 2023 de 4,69% para 4,65%. A alteração se dá pela projeção de queda da inflação de novembro de +0,31% para +0,23%, mas com a elevação da perspectiva de dezembro de +0,57% para +0,61%.

Desde julho deste ano, quando o IPCA voltou a subir, a gasolina esteve entre os itens de maiores impacto do indicador. O combustível registrou variações de 4,75% em julho, 1,24% em agosto e 2,80% em setembro.

Alta do diesel vai impactar a inflação?

No caso do diesel, a Petrobras elevou o preço em R$ 0,25, o que equivale a uma alta de 6,6% no preço as distribuidoras e cerca de 3,6% na bomba.

  • Como a queda do preço da gasolina pode impactar os ativos atrelados à inflação? Assista ao Giro do Mercado desta sexta-feira (20) e saiba mais, é só clicar aqui:

Sanchez, da Ativa, diz que, em termos diretos para o IPCA o impacto é nulo. Isso porque o peso do subitem é de apenas 0,23%, ante 4,8% da gasolina.

Já indiretamente, o impacto é “gigantesco”, em função da matriz de transportes de bens da nação. O economista ressalta, entretanto, que o repasse ao consumidor tem uma defasagem temporal maior e o coeficiente é mais incerto.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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