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Gasolina voltou a subir nos postos, mesmo sem reajuste da Petrobrás; veja o porquê

19 nov 2022, 11:00 - atualizado em 19 nov 2022, 13:24
Valor do combustível voltou a subir mesmo sem reajuste da Petrobras

A última vez que a Petrobras reajustou o preço da gasolina vendida no Brasil foi no dia 2 de setembro quando reduziu 7% do valor cobrado. O último reajuste feito no diesel aconteceu no dia 20 de setembro, uma redução de 5,85% no preço.

Mas se a Petrobras não aumentou o preço nas últimas semanas, como o valor cobrado nos postos tem tido constantes valorizações segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP)?

Culpa do etanol

A gasolina vendida no Brasil não é pura 100%, mas uma mistura de gasolina com 27% de etanol anidro, que o preço subiu 16,1% desde setembro. A alta do biocombustível foi causada pela valorização do açúcar, matéria prima da produção do etanol.

O litro do etanol anidro passou de R$ 2,83 em 11 de setembro para R$ 3,29 em 11 de novembro. Nos postos, o etanol hidratado também tem sentido a pressão, passando de R$ 3,37 em setembro para R$ 3,79 na semana passada, alta de 12,5%, segundo dados da ANP.

Culpa da Importação

Embora a Petrobras não tenha repassado o aumento nos valores do petróleo e permitido uma defasagem entre os preços praticados no Brasil e no exterior –  2% para a gasolina e 4% para o diesel – ainda há reflexos.

Esses reflexos surgem porque a Petrobras não é a única empresa fornecedora. Há a refinaria privada de Mataripe, na Bahia, que normalmente tem preços um pouco acima da Petrobras e reajusta semanalmente os valores que pratica. Embora as subidas afetem mais os mercados baiano e sergipano, ainda ajudam na subida da média nacional.

Além disso, há os próprios importadores – o Brasil importa cerca de 6% da gasolina que utiliza e 25% do diesel – que são obrigados a seguir as cotações das bolsas de valores internacionais.

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Editor
Formado em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, é editor de política, macroeconomia e Brasil do Money Times. Com passagens pelas redações de SBT, Record, UOL e CNN Brasil, atuou como produtor, repórter e editor.
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