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Gerdau (GGBR4): Qual o impacto da redução de tarifas sobre os resultados da empresa?

17 maio 2022, 11:28 - atualizado em 17 maio 2022, 11:28
Gerdau
Segundo relatório, as ações da Gerdau ainda podem subir 30% até o fim do ano, com um preço-alvo em R$ 36. (Imagem: Facebook/Gerdau)

O Itaú BBA calcula um impacto de 3% no Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Gerdau (GGBR4), após o anúncio de que a tarifa de importação brasileira de dois tipos de vergalhões de aço será reduzida para 4% até o final de 2022.

Em um pior cenário para o banco, considerando uma “queda nos preços domésticos da mesma magnitude que a redução de impostos para todos os longos”, os preços domésticos consolidados poderiam cair de 3%-5%, o que teria um impacto limitado de aproximadamente 2%-3% em no Ebitda de 2022, devido ao mix de aços planos x aços longos da companhia.

Segundo relatório, assinado por Daniel Sasson e equipe, as ações da companhia ainda podem subir 30% até o fim do ano, com um preço-alvo em R$ 36. Os papéis da empresa eram negociados a R$ 27,60 por volta das 10h30 desta terça-feira (17), uma alta de 1,44%.

Conforme os especialistas, o impacto seria provocado por fatores como a sua diversificação geográfica, com os EUA contribuindo mais para o Ebitda consolidado; os prêmios de preço de aços longos; os desafios da cadeia logística global de suprimentos para importação de aço; e uma cadeia de suprimentos doméstica adequadamente reabastecida.

Outra questão ressaltada é que a redução tarifária se aplicará apenas a dois vergalhões, CA50 e CA60, as quais “representam 22% das vendas da empresa no mercado interno, mas há estão comunicando canais com outros produtos longos”.

Histórico

O governo vem reduzindo tarifas de importação para desacelerar a inflação desde o ano passado.

Em novembro de 2021, o governo anunciou um corte de 10% na TEC (Tarifa Comum Externa para o Mercosul) aplicada a aproximadamente 87% dos bens e serviços importados.

“Isso reduziu a tarifa de importação de aço (para produtos planos e longos) de 12% para 10,8%”, explica os analistas o Itaú.

Na última semana, as empresas siderúrgicas foram um destaque negativo na Bolsa, logo após o anúncio de redução das tarifas. A Gerdau registrou queda de 4,36% na última terça-feira (10), enquanto a CSN (CSNA3) caiu 5,82% e a Usiminas (USIM5) recuou 6,78% no mesmo período.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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