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Gosta do setor elétrico? BTG indica três ações para sair no lucro em 2024; veja

25 jan 2024, 16:01 - atualizado em 25 jan 2024, 16:01
Leilão de transmissão
BTG vê potencial de alta para algumas ações do setor (Imagem: Reuters/Jon Nazca)

O BTG Pactual elegeu suas elétricas preferidas para 2024. De acordo com os analistas João Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende, embora ainda se observem bons níveis de reservatórios e preços de energia baixos, a maré parece estar mudando.

“Os preços estão gradualmente se aproximando das nossas estimativas, e algumas geradoras ainda estão precificando uma visão mais pessimista”, destacam.

Os nomes preferidos do BTG são:

Empresa Ticker Preço-alvo Potencial*
Copel CPLE6 R$ 12 20%
Eletrobras ELET6 R$ 54 17%
Equatorial EQTL3 R$ 42 22%

*em relação ao preço do fechamento do dia 24 de janeiro

 Eletrobras, tempestade passou?

Segundo o BTG, após a sua privatização em junho de 2022, a Eletrobras enfrentou desafios, incluindo:

  1. recuperação mais lenta do que o esperado;
  2. ruído político após mudança de governo em 2023 e ação judicial visando derrubar o limite de votação de 10% aprovado durante o processo de capitalização; e
  3. revisão em baixa das expectativas de preços de energia no mercado devido a outra estação chuvosa com fortes chuvas em 2022-23;

“No entanto, este cenário perfeito de tempestade começou a se reverter nos últimos meses. A reviravolta parece ter ganhado força, com Ivan Monteiro substituindo Wilson Ferreira como CEO e Eduardo Haiama (exCFO Equatorial) nomeado como CFO em Out-23″, explica.

Ainda segundo o banco, coincidentemente ou não, há avanços nas iniciativas de turnaround sob nova gestão, com resultados positivos no segundo e terceiro trimestre, avanço no programa de desinvestimentos, atualizações positivas nos empréstimos compulsórios e otimizações estruturais.

“Esperamos também ver atualizações positivas nas negociações de empréstimos compulsórios e potenciais desinvestimentos de ativos não essenciais. A redução de custos deverá persistir em 2024, impulsionada pela redução dos custos com pessoal do programa de demissão voluntário e esperamos um resultado positivo de um potencial acordo com o governo, eliminando esta sobrecarga política”, destaca.

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Equatorial, a queridinha

Segundo pesquisa feita pelo BTG, a Equatorial é o papel preferido dos investidores em serviços públicos (29% dos entrevistados têm a empresa como favorita).

“Esta preferência justifica-se pelo seu excelente historial em operações de distribuição e alocação de capital. Recentemente, desfrutou de revisões tarifárias muito positivas, levando a um forte aumento no Ebitda e a menores investimentos nos próximos anos”, explica.

Além disso, os analistas dizem que o recente pico nas temperaturas energéticas também deve se traduzir em fortes resultados no quarto trimestre.

E para completar, o BTG coloca que mesmo com alta em 2023 (34%  ante 22,3% do IBOV), a ação ainda oferece uma TIR (taxa interna de retorno) real de 10,5%, um prêmio de 486 bps (pontos-base) para os títulos do tesouro brasileiro de 10 anos.

Copel

O BTG diz que o caso da Copel é semelhante ao da Eletrobras devido aos ganhos de eficiência pós-privatização.

“Embora a Copel ofereça menos vantagens, vemos que ela está menos exposta aos preços de energia, com muito menos risco negativo e um carregamento de dividendos decente, que poderia ser melhorado pelos desinvestimentos recentes e esperados”, destaca.

Outro gatilho positivo, segundo o banco, poderia ser a migração para o Novo Mercado, o que melhoraria enormemente a liquidez das ações. Antes da privatização, essa migração não foi aprovada pelo BNDES, mas se um acordo entre a Eletrobras e o governo for alcançado este ano, o banco poderá aprovar a migração, destaca.

“A conclusão do seu processo de privatização explica o bom desempenho da Copel em 2023 (+36% vs. +22,3% do IBOV). Mas ainda o vemos a ser negociado a uma TIR real de 10,3%, representando um bom risco-retorno, uma vez que combina proteção e riscos baixos com possíveis gatilhos positivos em 2024, à medida que a sua recuperação avança”, conclui.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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