Aeroportos

Greve dos pilotos e comissários: Principais aeroportos de SP e RJ registram atrasos em voos nesta segunda-feira (19)

19 dez 2022, 12:23 - atualizado em 19 dez 2022, 12:23
aeroporto
Voos tem atrasos devido à greve dos pilotos e comissários (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

Com o início da greve dos pilotos e comissários nesta segunda-feira (19), os principais aeroportos de São Paulo e Rio de Janeiro registraram atrasos nos voos.

Segundo o painel de voos da Infraero, em Congonhas, entre 6h e 7h, 10 voos estavam com a partida atrasada. Já no Aeroporto Internacional de Guarulhos, às 6h30, 10 voos estavam atrasados.  Por volta das 12h, o painel mostra voos de chegadas e partidas com atrasos entre 2 e 4 horas.

No Rio de Janeiro, o Aeroporto Santos Dumont suspendeu os voos entre 6h e 8h, enquanto o Aeroporto Tom Jobim também informou que a operação está sendo afetada pela greve. O painel de voos da Infraero também mostra voos atrasados para esta segunda-feira.

Além de São Paulo e Rio de Janeiro, a paralisação afeta os aeroportos de CampinasPorto AlegreBrasíliaBelo Horizonte e Fortaleza .

A greve se deve à frustração das negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.

Segundo o comunicado feito pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, entre às 6h e 8h, em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo. Com isso, todas as decolagens iniciarão após às 8h.

Voos com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados.

Reivindicações dos pilotos e comissários

Os pilotos e comissários reivindicam recomposição das perdas inflacionárias, além de ganho real, tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas.

Além disso, buscam melhorias nas condições de trabalho para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, como a definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações nas mesmas, além do cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.

Conforme o comunicado divulgado pelo Sindicato, desde o início das negociações as empresas não se mostraram dispostas a atender às reivindicações da categoria.

Quais são os direitos do consumidor?

Direitos do consumidor

Procon-SP esclarece que, mesmo não sendo causadora dos transtornos, é dever da companhia aérea ou da agência de viagem prestar toda assistência para minimizar problemas que venham a ser gerados pela greve dos pilotos e comissários.

A recomendação é de que, antes de ir para o aeroporto, entre em contato com a companhia para verificar a situação do voo. Em caso de atraso ou cancelamento, o passageiro tem direito a:

  • informação prévia quanto ao cancelamento do voo nos canais de atendimento disponíveis das companhias aéreas;
  • viajar, tendo prioridade no próximo embarque da companhia aérea com o mesmo destino;
  • ser direcionado para outra companhia (sem custo);
  • receber de volta a quantia paga ou, ainda, hospedar-se em hotel por conta da empresa. Se o consumidor estiver no local de seu domicílio, a empresa poderá oferecer apenas o transporte para a sua residência e desta para o aeroporto;
  • ressarcimento ou abatimento proporcional no caso de ocorrer algum dano material devido ao atraso como, por exemplo, perda de diárias, passeios e conexões;
  • pleitear reparação junto ao judiciário se entender que o atraso causou-lhe algum dano moral (não chegou a tempo a uma reunião de trabalho, casamento, entre outros).

Ainda de acordo com o Procon, estas possibilidades devem ser garantidas sem prejuízo do acesso gratuito à alimentação, utilização de meios de comunicação e transporte.

Por isso, o consumidor deve guardar o comprovante de eventuais gastos que teve em decorrência do atraso e/ou cancelamento, como chamadas telefônicas, refeições, hospedagem, entre outras.

Em caso de problemas procurar o responsável pela aviação civil dentro do aeroporto ou o balcão de embarque da companhia para verificar as soluções oferecidas. Se não conseguir resolver diretamente com a empresa, deve procurar o órgão de defesa do consumidor de sua cidade

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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