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Hapvida (HAPV3) e NotreDame saem de trimestre ‘fraco’ e ‘incomum’ para entrar em ano melhor

24 mar 2022, 12:01 - atualizado em 24 mar 2022, 12:01
NotreDame
Fusão Hapvida-NotreDame começará a dar frutos no segundo trimestre de 2022, estima BTG (Imagem: Youtube/NotreDame Intermédica)

Analistas receberam com um humor agridoce os resultados da Hapvida (HAPV3) e do Grupo NotreDame Intermédica. Na avaliação do Safra, a Hapvida entregou números melhores que a NotreDame, mas com a melhora sequencial sendo fortemente impactada por itens não monetários.

Segundo o banco, as adições líquidas orgânicas permaneceram tímidas, especialmente para a Hapvida, enquanto as despesas gerais e administrativas foram uma surpresa negativa do quarto trimestre de 2021.

“As despesas gerais e administrativas da Hapvida vieram piores que o esperado, tendo deteriorado tanto na comparação trimestre a trimestre quanto no comparativo anual”, destaca o analista Ricardo Boiati, em relatório divulgado na noite desta quarta-feira (23). “Como resultado, o Ebitda ajustado da Hapvida ficou em R$ 397 milhões (margem de 15,3%), +45% trimestre a trimestre e -1% vs. estimativas do Safra”.

A Hapvida encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido ajustado (excluindo efeitos do Incentivo de Longo Prazo e amortização do valor justo proveniente da combinação de negócios, líquidos de impostos) de R$ 347,1 milhões, expansão de 51,5% sobre um ano antes.

No acumulado do ano, o lucro líquido ajustado caiu 11,8%, totalizando R$ 1 bilhão, impactado principalmente pela redução do Ebitda pelos efeitos da pandemia.

No quarto trimestre, a receita líquida da companhia cresceu 14,3% na comparação ano a ano e atingiu R$ 2,6 bilhões. Já a expansão dos 12 meses de 2021 foi de 15,5%, com o montante somando R$ 9,8 bilhões.

Vilão ainda não derrotado

Para o BTG Pactual (BPAC11), a Hapvida e a NotreDame reportaram resultados fracos em um trimestre “incomum”.

Isso porque, na avaliação do banco, as duas empresas apresentaram crescimento orgânico fraco, com as principais linhas ajudadas pela consolidação de M&As (fusões e aquisições) e margens pressionadas devido a níveis de sinistralidade “ainda anormais” por conta de sinistros relacionados à Covid-19 e da consolidação de aquisições recentes.

Olhando para frente, o BTG está otimista com os ganhos de escala que devem vir da fusão entre ambas as empresas.

“Com a fusão agora oficialmente concluída, a Hapvida deu um guidance recente de forte crescimento orgânico, e acreditamos que a estratégia comercial conjunta já começará a dar frutos no segundo trimestre de 2022″, comentam Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello, em relatório publicado nesta quinta-feira (24).

Em relação à NotreDame, a Genial Investimentos espera ver uma gradativa melhora no índice de sinistralidade.

“Os volumes represados de procedimentos eletivos devem normalizar e temos visto um arrefecimento da pandemia. No primeiro trimestre de 2022, ainda podemos sentir impactos mais relevantes da pandemia, dado o pico de casos no início do ano. No segundo semestre de 2022, o repasse de preço deve gerar um aumento relevante de ticket, contribuindo com as receitas”, afirmam os analistas Eduardo Nishio e Bruno Bandiera.

Pior ficou para trás

A Hapvida continua sendo a principal escolha do BTG no setor de saúde. Confiante com a recuperação dos números da empresa, o banco reforça a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 15,50.

O Safra tem recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e preço-alvo de R$ 13,30 estimado para 2022.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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