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Hering mostra recuperação, mas cenário de curto prazo continua desafiador, diz BTG

06 nov 2020, 16:52 - atualizado em 06 nov 2020, 16:52
Hering
O Ebitda da Hering despencou quase 79% e atingiu R$ 16,7 milhões no terceiro trimestre do ano (Imagem: Facebook/Hering)

A Hering (HGTX3) conseguiu mais do que dobrar o lucro líquido no terceiro trimestre do ano, mas só porque foram contabilizados créditos tributários no valor de R$ 178,3 milhões. Isso fez com que a companhia terminasse o período com saldo positivo de R$ 155,5 milhões.

Os números de receita e Ebitda registraram fortes quedas.

A receita líquida somou R$ 257,8 milhões, representando um recuo de 33,6% em relação ao mesmo intervalo de 2019. Já o Ebitda, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, despencou quase 79% e atingiu R$ 16,7 milhões.

Segundo o BTG Pactual (BPAC11), o balanço foi fraco e mostrou que a Hering continua sentindo os efeitos negativos do coronavírus. Dá para perceber que a empresa está se recuperando, mas em um ritmo lento.

“Continuamos vendo uma recuperação apenas gradual para a Hering nos próximos trimestres (e para todos as varejistas de vestuário sob nossa cobertura também)”, afirmaram os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi.

Um destaque positivo dos resultados foi o e-commerce da companhia. Mesmo com o SSS (Vendas Mesmas Lojas) caindo 17 pontos percentuais, o BTG chamou atenção para o salto de 161% nas vendas digitais, para R$ 49,7 milhões.

Poucos gatilhos

Na avaliação do BTG, o cenário de curto prazo da Hering não vai mudar muita coisa. A situação da empresa permanecerá desafiadora, com poucos gatilhos para impulsionar a ação.

Os resultados da varejista devem continuar sendo afetados pelo tráfego menor nas lojas físicas, pelo aumento das taxas de desemprego e pela queda da intenção de compra por parte das famílias.

Considerando todos esses fatores, o BTG preferiu manter a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 20.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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