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Holofotes sobre Powell: discurso do Federal Reserve sobre taxa de juros nos EUA monopoliza a atenção dos investidores; confira o que mexe com o mercado hoje

19 out 2023, 8:54 - atualizado em 19 out 2023, 8:56
Jerome Powell
(Imagem: flickr/ Federal Reserve)

Os mercados financeiros internacionais amanheceram com o modo de aversão a risco ativado nesta quinta-feira. Enquanto as principais bolsas de valores do mundo caem, os juros projetados dos Treasurys revisitam os níveis mais altos em 16 anos.

Grande parte desse movimento se deve ao fato de os holofotes dos investidores estarem voltados na direção do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell.

Em evento com início previsto para as 13h, Powell vai falar sobre perspectivas econômicas. A expectativa é de que ele ecoe o tom mais moderado adotado por outros dirigentes do Fed nos últimos dias.

Diante da perspectiva de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos, os banqueiros centrais norte-americanos vêm tentando convencer os participantes do mercado de que o aumento acentuado das taxas mais longas realiza boa parte do aperto monetário buscado pelo Fed. Na interpretação deles, esse movimento reduziria a necessidade de juros ainda mais altos.

O que os investidores querem saber é se Powell e os outros seis dirigentes do Fed com eventos públicos programados para hoje já descartaram a possibilidade de subir os juros na reunião de novembro, apesar da percepção de que a economia norte-americana segue mais aquecida do que o desejado.

Isso coloca em segundo plano a temporada de balanços nos Estados Unidos, as indefinições políticas em Washington e os desdobramentos da guerra no Oriente Médio

Na prática, os banqueiros centrais norte-americanos monopolizaram os holofotes do dia.

Para ficar por dentro de como isso mexe com seus investimentos, acompanhe a cobertura de mercados do Seu Dinheiro.

O que você precisa saber hoje

SANEAMENTO BÁSICO
Sabesp (SBSP3): Os próximos passos da privatização e os riscos ao plano de Tarcísio; banco vê ação a R$ 100. 
Sabesp privatizada terá como meta antecipar a universalização dos serviços para 2029; Tarcísio quer criar fundo para segurar tarifa.

DURAÇÃO DE 10 ANOS
Randon (RAPT4) fecha contrato de R$ 7 bi com montadora de caminhões e ônibus, que inclui até a construção de uma nova fábrica. 
O negócio prevê que a companhia fabrique e forneça eixos dianteiros para toda a linha de veículos comerciais da montadora.

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ESTRADA DO FUTURO
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ANTECIPANDO O FIM
Pão de Açúcar (PCAR3) quer devolver galpão do fundo imobiliário BRCO11; contrato prevê multa salgada, mas rescisão deve afetar dividendos do FII.
O GPA quer encerrar antecipadamente o contrato de locação de 100% de um imóvel de 35,5 mil m² que está no portfólio do Bresco Logística.

DE NOVO…
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Confira os prazos para conseguir vender os ativos e receber o saldo correspondente; a partir de sexta-feira (20), novas transações não serão permitidas.

DERROTA DA FAMÍLIA BARSI
IRB (IRBR3): Bilionário sofre derrota em assembleia de acionistas para indicar filha ao conselho de administração.
Os acionistas da companhia rejeitaram o nome de Louise Barsi, filha de um dos maiores investidores da bolsa brasileira, para o conselho de administração.

PODER DE VETO
EUA vetam proposta de cessar-fogo humanitário entre israelenses e palestinos — entenda por que é tão difícil um consenso sobre temas espinhosos no CS da ONU.
Proposta articulada pelo Brasil contou com o apoio de 12 dos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, mas poder de veto dos EUA impediu aprovação.

EFEITO COLATERAL
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No front da guerra, Israel permite a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o Egito recusa civis palestinos e o Hezbollah assume ataques na fronteira; confira os principais pontos do dia.

UM AMIGO QUERIDO
Putin na China: presidente da Rússia “passa o chapéu” em busca de dinheiro para manter máquina de guerra ativa.
O chefe do Kremlin, que praticamente se isolou do mundo com a invasão da Ucrânia, não teve outra alternativa a não ser pedir recursos aos chineses; veja o que ele falou para convencer Xi Jinping.

JULGAMENTO À VISTA
Protege o vovô contra o golpe do baú ou é discriminação? STF vai discutir separação de bens obrigatória em casamentos de maiores de 70 anos.
Corte começa a julgar nesta quarta se regime de bens obrigatório para casamentos de idosos é constitucional ou não.

Uma boa quinta-feira para você!

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