Mercados

Ibovespa continua em queda com alternativas ao IOF e Petrobras (PETR4): como andam os mercados nesta segunda-feira (9)?

09 jun 2025, 12:59 - atualizado em 09 jun 2025, 13:28
Queda bolsa
Ibovespa e Wall Street operam em queda com escalada da tensão entre Estados Unidos e China, além de dados macroeconômicos(Imagem: iStock/peshkov)

O Ibovespa (IBOV) engata a quarta queda consecutiva e devolve parte dos ganhos acumulados desde janeiro.

Por volta de 12h40 (horário de Brasília), o principal índice da bolsa brasileira caía 0,55%, aos 135.349,22 pontos. Mais cedo, o Ibovespa atingiu mínima intradia aos 134.118,64 pontos (-1,46%). 



No cenário doméstico, os investidores repercutem o novo recuo do governo em parte das medidas de elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com propostas alternativas ao ajuste do imposto. Entre as medidas está uma alíquota unificada de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras, que hoje têm cobrança escalonada.

Nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Congresso não tem o “compromisso” de aprovar a medida provisória que o governo pretende editar nos próximos dias, com iniciativas de arrecadação alternativas ao aumento da taxação do IOF.

O Ibovespa também é pressionado pelo rebaixamento da recomendação da Petrobras (PETR3;PETR4) pelo Santander e pelo Bank of America (BofA). Os bancos cortaram a classificação de compra para neutra. Juntos, os papéis ordinários e preferenciais da estatal detêm cerca de 10,5% de participação na carteira do índice.

Para a análise técnica do Itaú BBA, o Ibovespa já perdeu o suporte dos 135 mil pontos e agora o índice pode perder a tendência de alta e atingir o próximo suporte negativo, aos 132.800 pontos.

O que pode ajudar o mercado brasileiro é a melhora na perspectiva em Wall Street. “Esse cenário é favorável para o Ibovespa que pode retomar o movimento de alta a qualquer momento e continuar renovando máximas históricas”, diz o time de análise liderado por Fábio Perina.

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E o dólar?

O dólar pedia força ante as moedas globais, como euro e libra. Por volta de 12h40, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas fortes, registrava queda de 0,25%, no nível dos 98 pontos.

Na comparação com o real, o movimento destoa do exterior. No mesmo horário, a divisa norte-americana operava a R$ 5,5768 (+0,13%). 



Wall Street no vermelho

Os índices de Wall Street operam sem direção única com os investidores à espera de novas atualizações do encontro entre os representantes comerciais dos Estados Unidos e da China, que acontece em Londres. No mês passado, os dois países concordaram em cortar temporariamente as tarifas, em meio às negociações em andamento.

Por volta de 12h40 (horário de Brasília), o índice S&P 500 subia 0,12%, aos 6.007,82 pontos; Dow Jones registrava queda de 0,05%, aos 42.742,63 pontos, e Nasdaq tinha alta de 0,33%, aos 19.594,79 pontos

Ásia e Europa

Na Ásia, os índices fecharam em alta com novos dados econômicos da China e expectativas sobre as negociações entre Pequim e Washington.

Em destaque, a inflação de preços ao consumidor chinês caiu 0,1% em relação ao ano anterior em maio, menor que a queda de 0,2% prevista por economistas consultados pela Reuters, enquanto o índice de preços ao produtor caiu 3,3%, em comparação com a queda de 3,2% esperada pelo mercado.

O índice Nikkei, do Japão, subiu 0,92%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 1,63%.

Na Europa, os índices operam em queda, também à espera de um novo acordo entre EUA e China. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a sessão com leve baixa de 0,07%, aos 553,24 pontos.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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